Após meses de alta consistente, o Bitcoin começou a semana com forte volatilidade, vivenciando uma das maiores liquidações de sua história. Mais de 2 bilhões de dólares foram liquidados no mercado futuro assim que Donald Trump anunciou uma nova tarifa de importação contra Canadá, México e China.
A medida gerou desconfiança em investidores de vários setores, afetando as bolsas de valores norte-americanas e reverberando no mercado de criptomoedas. Nesse clima de pânico, o Bitcoin recuou até a mínima de 91 mil dólares, provocando vendas em massa e aumentando o nível de incerteza.
Do ponto de vista macroeconômico, a semana ganhou ainda mais relevância com a divulgação dos dados de mercado de trabalho. Na terça-feira (dia 4), serão publicados os dados JOLTS (relacionados às ofertas de emprego), e na sexta-feira, o payroll, que costuma influenciar diretamente a percepção de força ou fraqueza da economia americana.
Porém, vale lembrar que, desde o final do ano passado, o Federal Reserve tem enfatizado a inflação como fator primordial na definição de sua política monetária. Se as tarifas impostas pelo governo Trump encarecerem produtos e pressionarem a inflação, a taxa de juros dos EUA poderá se manter elevada por mais tempo, o que, em teoria, tende a ser ruim para ativos de risco como as criptomoedas.
Um ponto que não pode ser negligenciado é a reunião do FOMC da semana passada. Nela, Jerome Powell voltou a reiterar o foco do banco central em conter o avanço inflacionário, dando a entender que, se os indicadores de inflação não melhorarem, o Fed poderá adiar cortes na taxa de juros ou até rever a possibilidade de novos aumentos. A imposição de tarifas em bens de países que exportam commodities, tecnologia e alimentos para os EUA pode, ao encarecer os produtos, reforçar o temor de inflação mais elevada.
Apesar do cenário de tensão, a análise técnica do Bitcoin revelou uma rápida recuperação logo após a massiva liquidação. O ativo, que tocou a mínima de 91 mil dólares, retornou ao patamar dos 100 mil no mesmo dia, confirmando a força compradora presente nessa faixa de preço.
A queda, que aparentemente invalidava a cunha descendente das últimas semanas, agora sugere a formação de uma bandeira de alta, cujo suporte se mantém na região dos 90 mil a 95 mil dólares, enquanto a resistência superior se situa próxima aos 110 mil dólares. Caso esse padrão gráfico seja rompido para cima, o Bitcoin poderá retomar sua trajetória de alta, tendo em vista que esses tipos de figura, em geral, indicam continuação de tendência.
O sentimento do mercado passou por uma virada importante. O Fear and Greed Index, que vinha apontando níveis de ganância, recuou para a zona de “medo” pela primeira vez em semanas, resultado de mais de 2 bilhões de dólares liquidados.
Esse processo de desalavancagem, por um lado, diminui o risco de novas quedas bruscas motivadas por excesso de posições compradas; por outro lado, abre espaço para que novos investidores entrem no mercado ou para que baleias (grandes players) forcem uma recuperação, já que há menor volume de alavancagem para enfrentar. Além disso, o surgimento de novas posições vendidas pode servir de combustível para um possível short squeeze, impulsionando ainda mais o preço em caso de alta.
No que diz respeito às estratégias recomendadas, quem seguiu as análises anteriores e comprou entre 90 mil e 95 mil dólares aproveitou a oportunidade de acumular Bitcoin em meio ao pânico do mercado. Para aqueles que ainda não se posicionaram, a faixa mencionada segue como região interessante de compra, caso o preço volte a corrigi-la.
Investidores mais agressivos podem buscar entradas no curto prazo, apostando na continuidade da tendência de alta, enquanto perfis conservadores devem observar a consolidação do padrão de bandeira e aguardar um rompimento mais claro acima dos 110 mil dólares para ter maior segurança. Diante das incertezas macroeconômicas e das oscilações frequentes, o gerenciamento de risco se torna fundamental.
Com a tensão comercial reacendida pelas tarifas de Donald Trump, uma série de indicadores econômicos relevantes para a inflação e a liquidez do mercado, e uma nova configuração técnica surgindo no gráfico do Bitcoin, as próximas semanas prometem movimentos intensos. A tendência de longo prazo permanece positiva, mas requer atenção redobrada aos fatores externos que podem influenciar, tanto positiva quanto negativamente, o preço das criptomoedas.
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