Segundo Christiano Moreira, da Devant Asset, os segmentos de Fundos Imobiliários mais promissores, considerando as tendências de mercado atuais, são os que combinam bom carrego com potencial de valorização
Mesmo com as últimas altas registradas pelo Ifix, os Fundos Imobiliários continuam em um cenário desafiador, principalmente pelo comportamento da taxa Selic e com os preços descontados das cotas no mercado. Porém, fundos de tijolo com ativos de qualidade e com contratos atípicos de longo prazo tendem a seguir gerando rendimentos consistentes. Além disso, os FIIs de Papel, principalmente os que oferecem uma parte relevante do seu portfólio em rendimentos indexados ao CDI, estão entre as melhores opções.
A análise é de Christiano Moreira, gestor da Devant Asset, que acredita que o momento atual é de cautela, uma vez que o último relatório Focus avalia que a taxa Selic deve terminar o ano de 2025 no patamar de 15% ao ano e, no final de 2026, no patamar de 12,5% ao ano.
“Com essa perspectiva, essa inflexão da taxa Selic deveria acontecer ao longo do ano de 2026. E, diante desse cenário, as melhores opções atualmente são posições defensivas e com bom carrego, como FIIs de CRI e fundos que possuem contratos atípicos de longo prazo. A seletividade na alocação será essencial para capturar retornos consistentes”, avalia o gestor.
Dentro dessa realidade atual, Christiano aponta que o fator mais importante para os investidores é a qualidade dos ativos dentro dos Fundos Imobiliários. “Em um cenário desafiador, de juros altos, fundos com imóveis bem localizados, contratos atípicos de longo prazo e inquilinos financeiramente saudáveis ??tendem a ser mais resilientes. Por isso é fundamental analisar a gestão do fundo, avaliando a experiência e a capacidade de administração”.
O gestor avalia que os segmentos de Fundos Imobiliários mais promissores, considerando as tendências do mercado atual, são aqueles que combinam bom carrego com potencial de valorização. “Dessa forma, os fundos de papel podem se beneficiar da taxa de juros elevados, pagando bons dividendos, principalmente os fundos com ativos indexados ao CDI. Uma seleção de fundos com crédito de boa qualidade será essencial para minimizar riscos”.
“Outros segmentos que vale a pena analisar são os Fundos de Fundos (FOFs). Vários desses ativos estão negociando com desconto relevante sobre o valor patrimonial, oferecendo um cargo alto e potencial de valorização em uma eventual retomada do mercado. Além disso, sua diversificação reduz o risco da carteira”, finaliza.
Fonte: Christiano Moreira – Gerente de Portfólio da Devant Asset
Sócio e gestor da Devant Asset, com mais de 17 anos de experiência no setor financeiro e imobiliário. Já atuou na área de Imobiliário do Walmart, na gestora de Private Equity imobiliário VBI Real Estate, e na V2 Investimentos, onde liderou a área de investimentos imobiliários.
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