O setor se destaca em aspectos como: maturidade digital, foco em eficiência operacional, planejamento estratégico e governança
O setor de Serviços Financeiros obteve o melhor desempenho entre todas as indústrias apresentadas na segunda edição do Índice Transformação Digital Brasil (ITDBr) desenvolvido pela PwC Brasil e pela Fundação Dom Cabral (FDC). O estudo avalia o nível de atualização digital das organizações brasileiras e destaca como principais estratégias para o avanço tecnológico sustentável.
“A implementação de estratégias digitais bem definidas, aliada à otimização de processos internos tem sido o grande diferencial permitindo que o setor financeiro lidere a transformação digital de maneira consistente”, destaca Lindomar Schmoller, sócio e líder da indústria de Serviços Financeiros da PwC Brasil.
O ITDBr aponta que 59,4% das empresas do setor financeiro no Brasil colocam a transformação digital como o principal direcionador de investimentos, um número significativamente superior à média geral de 40,3%. Além disso, o setor se posiciona como referência ao integrar práticas de sustentabilidade (ESG) e ética de governança em sua transformação digital, reforçando o compromisso com uma inovação responsável.
O ITDBr utiliza uma metodologia própria, baseada na atribuição de notas em uma escala de 1 a 6 para avaliar diferentes dimensões de maturidade digital, como estratégia, governança, processos digitais, infraestrutura, e cultura organizacional. Esse modelo permite mensurar o progresso da transformação digital e monitorar o desenvolvimento, oferecendo diretrizes específicas para ajudar as instituições financeiras a se adaptarem ao ambiente tecnológico. Serviços Financeiros lideram em eficiência operacional, governança e planejamento estratégico, destacando-se em todas as dimensões. Essa maturidade digital é refletida nas prioridades estratégicas das instituições.
“Há um aumento na percepção e na relevância de que os tomadores de decisão têm dados às inovações e tecnologias digitais. O desafio, porém, não está na inovação em si, mas nos mecanismos de governança que a acompanham. Sem uma estratégia adequada – que envolve a estrutura organizacional – essa maturidade moderada em níveis baixos”, afirma o professor Hugo Tadeu, da Fundação Dom Cabral.
Impactos da transformação digital
Entre os impactos esperados pela transformação digital, destacam-se o aumento da eficiência operacional, relatado por 81% das instituições financeiras ouvidas pela PwC e pela FDC, e as mudanças culturais que permitem a adaptação ao novo ambiente digital. O uso estratégico de tecnologias como blockchain, inteligência artificial (IA) e cibersegurança também se sobressai no setor, sendo obrigações por 60%, 50% e 20% das empresas entrevistadas, respectivamente, consolidando a posição das instituições financeiras de vanguarda tecnológica.
“A adoção da IA ??generativa já trouxe resultados concretos, conforme aparece no nosso estudo CEO Survey, onde um terço dos CEOs brasileiros relatam aumento de receita e lucratividade, enquanto 51% (33% no mundo) investiram na integração da tecnologia aos processos essenciais, destacando o Brasil como um dos líderes nessa transformação digital”, afirma Denise Pinheiro sócia e líder de transformação digital da PwC.
Obstáculos e busca por melhorias
O principal fator que impede a implementação da transformação digital é o aspecto da estrutura e da cultura organizacional, representando 41%. Além disso, a aversão ao risco é mencionada pelas empresas dos segmentos em seguida (28%), refletindo a cautela do setor em adotar mudanças rápidas.
Segundo o ITDBr, a transformação digital no setor financeiro é orientada pela busca por eficiência operacional (55%), planejamento estratégico e governança (55%). O resultado indica que o setor financeiro vê a transformação digital principalmente como uma oportunidade para melhorar processos internos ao invés de se concentrar em fatores externos como clientes e mercado, fator apontado por apenas 27% do índice.
Outro ponto relevante para o impulso da transformação é a avaliação de soluções econômicas de projetos digitais, considerada uma prioridade por 41% das empresas (média geral – 32%), reforçando a importância do mapeamento de investimento e retorno com as iniciativas digitais. Por outro lado, algumas áreas como: segurança dos dados (9%) e participação em programas de treinamento (3%), são menos prioritárias no setor financeiro em comparação com outros setores. Essa diferença pode indicar que essas instituições já têm uma maturidade em termos de segurança e capacitação, ou que outras iniciativas são vistas como mais urgentes.
Desafios culturais e organizacionais, como estrutura interna e aversão ao risco, são relatados como os principais obstáculos, indicados por 41% e 28% dos participantes do setor financeiro. No horizonte de oportunidades, a adoção de blockchain e inteligência artificial (AI) se destaca entre as principais tecnologias implementadas, com 60% e 50% de menções. Outras tecnologias, como Internet das Coisas (IoT), contratos digitais, robótica e tecnologias imersivas têm uma adoção mais equilibrada e elaborada à média geral.
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Sobre a Fundação Dom Cabral
A FDC é uma escola de negócios brasileira com quase 50 anos, que está entre as melhores do mundo e na 7ª posição dentre as instituições de educação executiva participantes do ranking do jornal inglês Financial Times 2023. Cerca de 46 mil profissionais passaram pela instituição em 2022.