O mercado de criptoativos começa a semana em cima do muro, diante de um cenário que pode definir os rumos dos próximos movimentos. O Bitcoin falhou mais uma vez em romper sua máxima histórica, enquanto as altcoins devolvem parte da alta expressiva da semana anterior, sinalizando uma pausa no otimismo.
Essa indecisão acontece justamente em uma semana decisiva, marcada por dois fatores centrais: a retomada das tarifas comerciais impostas por Donald Trump e uma agenda macroeconômica carregada nos Estados Unidos. Do lado geopolítico, agosto marca o retorno oficial das tarifas americanas sobre países que não firmaram acordos comerciais com os EUA.
O impacto dessas tarifas já pôde ser sentido em abril, quando o mercado reagiu negativamente ao aumento das tensões comerciais. A cautela volta a tomar conta, embora haja certo alívio após o anúncio de acordos importantes, como o firmado com o Japão e, neste fim de semana, com a União Europeia. Ainda assim, o risco de novas fricções permanece no radar e pode pesar no sentimento dos investidores.
No campo econômico, os próximos dias serão marcados por divulgações cruciais. A principal expectativa está na decisão do FOMC, que deve manter os juros inalterados neste mês de julho. A ausência de cortes, apesar da pressão política vinda de Trump e do Partido Republicano, reflete a postura cautelosa do Federal Reserve diante de uma economia ainda sensível e dos possíveis efeitos inflacionários das tarifas.
Jerome Powell tem sido alvo de críticas constantes, e rumores sobre tensões institucionais ganharam força nas últimas semanas. Apesar disso, o consenso é que o Fed só iniciará o ciclo de cortes a partir de setembro, caso os dados corroborem uma trajetória consistente de desaceleração.
Entre os indicadores mais aguardados, temos o relatório JOLTS na terça-feira (11:00), seguido do PIB americano e da decisão do FOMC na quarta (09:30 e 15:00), o índice PCE na quinta (09:30) e, para fechar a semana, o payroll na sexta-feira (09:30). Esses dados devem oferecer pistas mais sólidas sobre o ritmo da economia e os próximos passos da política monetária.
Tecnicamente, o Bitcoin vem tentando romper um padrão de bandeira de alta no gráfico diário. O ativo chegou a retestar a região dos 120 mil reais na semana passada, mas a falta de força compradora e a presença de uma pressão vendedora significativa impediram o rompimento das máximas anteriores.
Esse movimento sugere que o mercado ainda está testando suas convicções, e que a zona dos 120 mil segue como uma barreira técnica importante a ser vencida. O rompimento desse patamar com força e volume pode destravar novos movimentos de alta, enquanto a repetição de rejeições pode levar a uma correção mais ampla no curto prazo.
Do ponto de vista do sentimento, o mercado ainda opera em níveis de ganância, mas sem atingir o território de extrema ganância. Isso indica que ainda há espaço para valorização antes de entrarmos em um ambiente eufórico.
Parte dessa cautela pode ser explicada pela tentativa de muitos investidores de prever o topo do ciclo, o que reduz o apetite por risco e gera um comportamento mais defensivo. Isso, paradoxalmente, cria uma base mais saudável para novas altas, desde que os fundamentos e o cenário macroeconômico não piorem.
Diante desse contexto, a estratégia mais prudente para os investidores é manter uma postura equilibrada. Para os mais conservadores, faz sentido proteger parte dos lucros obtidos nas últimas semanas, especialmente em altcoins que já subiram expressivamente.
Já os investidores agressivos podem considerar exposições pontuais, desde que bem ancoradas em zonas de suporte e com stops definidos, aproveitando a possível continuação da bandeira de alta no Bitcoin.
Em ambos os casos, o foco deve ser na gestão de risco, já que o desenrolar da agenda macroeconômica e das decisões políticas pode gerar movimentos bruscos e imprevisíveis. É uma semana para estar atento, mas não para agir por impulso.
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