O mercado de criptomoedas iniciou a semana sob forte pressão, com o Bitcoin se aproximando da faixa dos 114 mil dólares e arrastando consigo as altcoins, que sofreram quedas ainda mais expressivas.
Essa movimentação foi causada principalmente por dois fatores. O primeiro está ligado à inflação nos Estados Unidos, já que o índice de preços ao produtor (IPP) divulgado na última semana veio acima do esperado. O mercado especula que as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump aumentaram o custo do produtor americano, e que esse impacto pode ser repassado ao consumidor, pressionando a inflação e reduzindo a probabilidade de cortes na taxa de juros. O segundo fator é ligado à realização de lucros, identificada em fluxos on-chain que mostram movimentações de baleias e instituições enviando Bitcoin para corretoras a fim de desfazer posições.
Além disso, o cenário geopolítico adiciona ainda mais volatilidade. Nos últimos dias, Trump se reuniu com Vladimir Putin, e nesta semana também encontrará Vladimir Zelensky. A possibilidade de avanços em direção a um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia gera esperança em parte do mercado, mas a falta de acordo concreto aumenta o temor e a aversão ao risco entre investidores.
No campo macroeconômico, os próximos dias serão decisivos. Na quarta-feira, o mercado aguarda a divulgação das atas do FOMC, que devem trazer novos sinais sobre os rumos da política monetária americana. Já na sexta-feira, Jerome Powell discursará em Jackson Hole, evento que historicamente traz forte impacto nos mercados globais.
A expectativa é de que Powell aborde o cenário atual da economia dos EUA e dê pistas sobre a trajetória da taxa de juros. Somado à indefinição em relação ao conflito geopolítico na Europa, esse conjunto de fatores mantém os investidores cautelosos, com menor apetite ao risco até que haja maior clareza.
Apesar da volatilidade recente, o Bitcoin segue sustentando uma clara tendência de alta. No gráfico semanal, o preço continua respeitando as médias móveis de 12 e 24 períodos, que se mantêm alinhadas de forma altista, servindo como importantes regiões de suporte.
O fundo deixado em 111 mil dólares no início de agosto é hoje o principal ponto de atenção: somente um pivô abaixo dessa marca poderia indicar uma possível reversão. Enquanto isso não ocorre, a pressão compradora observada nas corretoras mostra que baleias e instituições seguem acumulando na região, reforçando a força desse suporte.
Do ponto de vista da liquidez, a queda recente levou o Bitcoin a buscar níveis importantes entre 115 mil e 116 mil dólares, liquidando contratos alavancados em long. Agora, o mapa de liquidez mostra regiões mais expressivas acima do preço atual, indicando que há uma concentração relevante de posições apostando na queda. Historicamente, o mercado tende a buscar essas zonas, o que aumenta a probabilidade de o Bitcoin mirar novamente as máximas históricas.
O indicador de sentimento Fear and Greed Index, que hoje se encontra próximo dos 60 pontos, reforça esse equilíbrio: embora ainda em terreno de ganância, o patamar é semelhante ao observado no último fundo, sugerindo que o mercado segue relativamente racional mesmo após a queda.
Diante desse cenário, as estratégias precisam considerar a dualidade entre risco e oportunidade. Para investidores conservadores, o momento pede cautela e foco em acumulação gradual, aproveitando regiões de suporte em quedas pontuais. Já para perfis mais agressivos, a leitura técnica indica que a tendência de alta continua válida, e que eventuais movimentos de liquidez podem abrir espaço para novas máximas. A volatilidade macroeconômica e geopolítica segue sendo o principal fator de curto prazo, mas a estrutura de mercado aponta que o Bitcoin ainda mantém fôlego para testar patamares mais altos.
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