Os ataques cibernéticos ao mercado financeiro brasileiro estão se tornando mais frequentes e sofisticados, levantando um alerta vermelho entre bancos, fintechs e empresas de tecnologia. O fenômeno revela um novo padrão de atuação dos criminosos, que têm explorado falhas humanas e brechas na cadeia de fornecedores para invadir sistemas e obter dados sensíveis.
De acordo com Vinícius Santos, líder de Estratégia de Cibersegurança da ACTAR Peers Group, o país enfrenta um cenário em que os crimes digitais “estão mais avançados e organizados”, exigindo vigilância constante e estratégias de prevenção em múltiplas camadas.
“Todo o ecossistema financeiro precisa implementar uma gestão de risco de terceiros eficaz, com processos rigorosos de due diligence e ferramentas em tempo real para monitorar os riscos relacionados a colaboradores e parceiros”, afirma Santos.
Ele defende ainda que o Banco Central deve atuar com mais firmeza, criando regulamentações específicas para as STIs (empresas prestadoras de serviços de tecnologia), além de garantir governança e integração entre instituições financeiras e fornecedores.
Cadeia de Fornecedores: o elo mais vulnerável
Os ataques recentes mostram que muitos hackers estão deixando de mirar apenas as grandes instituições financeiras, optando por acessar o sistema através de fornecedores menores ou terceirizados. Essa estratégia, conhecida como supply chain attack, permite que criminosos entrem na rede por meio de parceiros com níveis de segurança mais baixos.
Especialistas apontam que a segurança digital deixou de ser um tema isolado de TI e passou a ser um assunto estratégico de negócio, que envolve gestão de reputação, compliance e proteção de dados.
Fator humano ainda é o maior risco
Embora as soluções tecnológicas sejam essenciais, o fator humano continua sendo um dos principais pontos de vulnerabilidade. Phishing, engenharia social e manipulação psicológica seguem entre as táticas mais usadas pelos cibercriminosos para explorar falhas de atenção e falta de treinamento.
“A conscientização interna é tão importante quanto a tecnologia. Sem uma cultura de segurança sólida, qualquer empresa pode se tornar um alvo fácil”, destaca o especialista.
Cooperação é o caminho
Para Santos, a cooperação entre instituições financeiras, órgãos reguladores e empresas de tecnologia é fundamental para elevar o nível de resiliência cibernética no país. Somente com uma atuação coordenada será possível proteger clientes, dados e operações em um ambiente cada vez mais digital e interconectado.
“O futuro da segurança digital depende da união entre os setores público e privado. Não há espaço para competição quando o risco é sistêmico”, conclui.
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