O dólar voltou a perder força frente ao real e atingiu R$ 5,27, o menor patamar de 2025, impulsionado por um ambiente externo mais positivo e por sinais de estabilidade política e fiscal no Brasil. O movimento reflete uma combinação de fatores, tanto internacionais quanto domésticos, que têm favorecido a valorização da moeda brasileira neste início de novembro.
No exterior, a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) adote uma postura mais cautelosa nos próximos meses tem reduzido o ímpeto do dólar frente a outras divisas. O mercado aposta em uma pausa prolongada no ciclo de alta de juros nos Estados Unidos, diante de sinais de desaceleração econômica e inflação controlada. Essa mudança de tom faz investidores buscarem retornos mais atrativos em economias emergentes, como a brasileira.
Juros altos e confiança fiscal fortalecem o real
No Brasil, o diferencial de juros segue atraindo capital estrangeiro, já que a taxa Selic continua entre as mais elevadas do mundo. Além disso, o mercado financeiro reagiu bem aos recentes sinais de compromisso do governo com o equilíbrio fiscal e ao tom mais moderado do debate político, o que reduziu a percepção de risco.
Analistas, porém, destacam que a valorização do real tem um caráter mais corretivo do que estrutural. O câmbio permanece sensível a oscilações no apetite global por risco e a possíveis ruídos políticos internos. “Uma eventual piora no cenário internacional ou novas dúvidas sobre a trajetória fiscal brasileira poderiam facilmente empurrar o dólar de volta à faixa de R$ 5,50”, afirma um gestor de câmbio ouvido pelo mercado.
Efeitos práticos e oportunidades
Para empresas com exposição cambial, o momento é considerado estratégico para revisar posições de hedge e proteger parte das receitas ou dívidas em moeda estrangeira. Investidores, por sua vez, podem aproveitar a cotação mais baixa para diversificar portfólios com ativos internacionais — uma forma de equilibrar riscos e buscar oportunidades fora do país.
Já consumidores e viajantes encontram um cenário mais favorável para antecipar compras e viagens ao exterior, aproveitando a valorização temporária do real. Em contrapartida, exportadores devem ficar atentos ao impacto da moeda mais forte sobre a competitividade, ajustando margens e prazos contratuais para mitigar eventuais perdas.
O consenso entre analistas é que, embora o câmbio tenha espaço para estabilidade de curto prazo, novas surpresas econômicas ou políticas — internas ou externas — podem rapidamente inverter o quadro.
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