Após semanas de consolidação entre 90 mil e 100 mil dólares, o Bitcoin inicia a semana com forte volatilidade, rompendo brevemente a faixa de 90 mil dólares e atingindo a mínima de 89.200 dólares nas principais corretoras. Esse movimento gerou uma grande onda de liquidações, especialmente devido ao cenário macroeconômico de extrema cautela, com destaque para a expectativa de divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos e a precificação do mercado em relação à posse de Donald Trump como presidente, marcada para a próxima semana.
A queda do Bitcoin também impactou as altcoins, que apresentaram desempenho negativo, com destaque para o Ethereum, que perdeu suportes importantes e caiu mais de 5%. Nesse contexto, o mercado segue atento ao comportamento da maior criptomoeda, uma vez que, nos últimos meses, as altcoins têm demonstrado maior fragilidade e uma dependência intensa dos movimentos do Bitcoin.
Nesta semana, o mercado estará focado nos dados de inflação dos Estados Unidos, que serão divulgados na terça e quarta-feira. Na terça, será apresentado o IPP (Índice de Preço ao Produtor), enquanto na quarta sairá o CPI (Índice de Preço ao Consumidor), ambos indicadores relevantes para a política monetária do Federal Reserve.
Vale lembrar que, durante a última FOMC, o presidente do Fed, Jerome Powell, reiterou que as próximas decisões sobre a taxa de juros estarão fortemente atreladas ao controle da inflação, o que torna esses dados fundamentais para a análise de investidores e mercados.
Além disso, como a posse de Donald Trump ocorrerá no dia 20 de janeiro, o mercado estará em uma semana de precificação intensa, uma vez que ativos globais não operam no final de semana, o que pode gerar ainda mais volatilidade para o mercado de criptomoedas.
Do ponto de vista técnico, nas últimas análises já havíamos apontado o rompimento de um canal ascendente no qual o Bitcoin vinha operando, o que indicava a possibilidade de o preço recuar até a região dos 90 mil dólares. Esse cenário se confirmou, e o Bitcoin, após perder brevemente esse suporte importante, recuperou-se e agora está cotado próximo aos 94 mil dólares.
Interessante notar que, durante esse movimento de queda e recuperação, o mercado respeitou níveis importantes de Fibonacci, abrindo a possibilidade de formação de uma cunha descendente no gráfico diário. Esse padrão gráfico, conhecido por ser uma figura de continuação de alta, reforça a expectativa de que, caso o Bitcoin consiga se manter acima de 90 mil dólares e romper a resistência da cunha, o preço poderá retomar a tendência de alta e até mesmo buscar novas máximas históricas ao longo das próximas semanas.
O Fear and Greed Index, que vinha registrando níveis de extrema ganância nas últimas semanas, recuou para a zona de ganância moderada. Esse movimento é considerado positivo, pois indica uma diminuição no FOMO (fear of missing out) dos investidores, o que, aliado à consolidação recente do mercado, ajuda a reduzir o risco de grandes movimentos corretivos por euforia exagerada.
No entanto, o mercado de futuros segue apresentando sinais de cautela. O Long/Short Ratio, que chegou a ultrapassar 2, aponta para um elevado número de posições compradas, o que indica que o fundo pode ainda não ter sido estabelecido e que novas quedas podem ocorrer antes de uma retomada mais sólida.
Em termos de estratégia, o momento requer atenção especial por parte dos investidores, principalmente devido à proximidade de eventos relevantes e ao cenário de alta volatilidade.
Traders mais agressivos podem considerar compras próximas à faixa de 90 mil dólares, uma vez que essa região tem se mostrado um suporte sólido. Além disso, entradas escalonadas em possíveis quedas com volume significativo, como ocorreu na segunda-feira, podem ser boas oportunidades.
Já investidores mais conservadores devem aguardar um rompimento claro da cunha descendente ou a formação de novos fundos ascendentes antes de se posicionar. No cenário atual, o foco deve continuar no Bitcoin, dado que sua dominância tem aumentado e os eventos macroeconômicos globais tendem a impactar mais a maior criptomoeda do que as altcoins.
Com o mercado operando em um cenário desafiador, mas ao mesmo tempo promissor, o próximo movimento do Bitcoin poderá definir o tom das próximas semanas. A formação de um padrão gráfico favorável, aliada à tendência de alta nos gráficos semanal e mensal, reforça a possibilidade de novas oportunidades para os investidores, desde que acompanhadas de cautela e boas estratégias.
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