De acordo com a análise de Pedro Gutiérrez, diretor LATAM na CoinEx, a aprovação do primeiro ETF de XRP no Brasil é um marco importante na evolução do ecossistema cripto e no posicionamento do país como referência em inovação financeira.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou o lançamento do primeiro fundo negociado em bolsa (ETF) da criptomoeda XRP do mundo, consolidando o Brasil como pioneiro no mercado global de investimentos em criptoativos. O ETF, batizado de Hashdex Nasdaq XRP Fundo de Índice, será gerido pela Hashdex, gestora brasileira especializada em criptomoedas, e terá como administradora a Genial Investimentos.
Primeiro ETF de XRP do mundo
Este é o primeiro ETF à vista (spot) de XRP já registrado no mundo — uma inovação que coloca o mercado brasileiro à frente de outras economias, incluindo os Estados Unidos, onde a Ripple, empresa responsável pelo token XRP, está sediada.
Contudo, o fundo ainda está em fase pré-operacional, etapa em que gestores e distribuidores buscam atrair investidores para formar o patrimônio inicial necessário antes do lançamento oficial na Bolsa de Valores.
De acordo com a análise de Pedro Gutiérrez, diretor LATAM na CoinEx, a aprovação do primeiro ETF de XRP no Brasil é um marco importante na evolução do ecossistema cripto e no posicionamento do país como referência em inovação financeira. O Brasil tem demonstrado uma postura progressiva na adoção de ativos digitais, consolidando-se como um mercado de referência na América Latina e globalmente.
Sendo assim, este ETF valida a crescente demanda institucional por XRP e, ao mesmo tempo, reforça a legitimidade do ativo dentro dos mercados financeiros tradicionais.
Para a Ripple e seu ecossistema, este movimento é um passo significativo que pode impulsionar ainda mais a adoção de XRP em soluções de pagamento internacionais e liquidez sob demanda. A abertura desses veículos de investimento facilita o acesso a uma base mais ampla de investidores, incluindo fundos institucionais, o que pode se traduzir em maior liquidez e estabilidade para o XRP.
Por outro lado, a futura integração do EVM ao XRP Ledger com o lançamento do SideChain representa um ponto de virada para a rede. Isso permitirá a compatibilidade com contratos inteligentes e aplicativos descentralizados (dApps), abrindo novas oportunidades em setores como DeFi, tokenização de ativos e soluções de negócios baseadas em blockchain.
Embora o XRP tenha sido tradicionalmente um ativo focado em pagamentos, a combinação de um ETF regulamentado e a interoperabilidade com a Máquina Virtual Ethereum (EVM) pode marcar o início de uma nova etapa na expansão do ecossistema Ripple.
XRP: Um ativo de alto valor e forte demanda
O XRP é o token da Ripple, utilizado em soluções de pagamentos internacionais, e ocupa a terceira posição entre as criptomoedas com maior valor de mercado, totalizando uma capitalização de US$ 150,6 bilhões, segundo o CoinMarketCap.
Para Silvio Pegado, diretor da Ripple na América Latina, a aprovação do fundo demonstra a visão inovadora do Brasil sobre criptoativos:
“Através de regulamentação e consultas públicas, o Brasil continua a se posicionar como um país aberto à inovação, e esperamos que seja central para mais avanços pioneiros no setor de criptoativos no futuro.”
Estados Unidos estão atrasados
Enquanto o Brasil avança, o mercado norte-americano ainda aguarda a aprovação de ETFs de XRP. Grandes gestoras, como Grayscale e Bitwise Asset, já protocolaram seus pedidos junto à Securities and Exchange Commission (SEC), a equivalente americana da CVM.
A SEC tem até outubro de 2025 para deliberar sobre as propostas, e analistas estimam uma probabilidade de aprovação entre 65% e 81%, impulsionada pelo crescente interesse institucional e pela nova liderança regulatória mais favorável às criptomoedas.
Brasil à frente na inovação financeira
A aprovação do ETF de XRP reforça o papel do Brasil como líder na regulamentação de produtos financeiros inovadores. O país já havia se destacado ao aprovar ETFs de Bitcoin, Ethereum e multiativos antes dos Estados Unidos, além de ter lançado o primeiro ETF de Solana do continente americano em 2024.
Com essa nova conquista, o mercado brasileiro demonstra um compromisso contínuo com o desenvolvimento de um ecossistema cripto seguro e acessível, estimulando a confiança dos investidores e abrindo caminho para novos avanços financeiros.
A expectativa agora se volta para a estreia do fundo na Bolsa de Valores, que promete atrair tanto investidores institucionais quanto pessoas físicas interessadas em diversificar suas carteiras com uma das criptomoedas mais consolidadas do mercado.
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