Os gigantes de Wall Street entraram com força no mundo blockchain.
Entre 2020 e 2024, Citigroup, JPMorgan, Goldman Sachs e o grupo japonês SBI lideraram 345 rodadas de investimento em infraestrutura blockchain, movimentando mais de US$ 100 bilhões, segundo relatório da Ripple. Agora, em agosto de 2025, novas iniciativas reforçam que o movimento TradFi rumo ao digital não é mais tendência — é realidade.
Por isso, tokens baseados em fundos, stablecoins corporativas e pagamentos 24/7 já fazem parte da nova estratégia dos grandes bancos. O cenário muda rápido — e quem não acompanhar ficará para trás.
Tokenização sai do papel e ganha escala
Recentemente, Goldman Sachs e BNY Mellon lançaram tokens digitais atrelados a money market funds (MMFs). Esses ativos, negociados via LiquidityDirect, permitem liquidez mais ágil e colaterais eficientes. Além disso, gigantes como BlackRock e Fidelity já participam dos testes iniciais.
Por outro lado, o Citigroup intensificou o uso do Citi Token Services, serviço que permite pagamentos internacionais tokenizados sem a necessidade de carteiras digitais. Como resultado, o processo se torna mais simples e funcional para grandes empresas.
Enquanto isso, o JPMorgan amplia sua plataforma Onyx, que já processou mais de US$ 1 trilhão em ativos digitais. Com o JPM Coin e os “deposit tokens”, o banco aposta em velocidade, segurança e integração com o sistema bancário tradicional.
SBI e Ripple: Ásia lidera uso real de blockchain
Do outro lado do planeta, o SBI Group, principal parceiro da Ripple fora dos Estados Unidos, mostra que blockchain não é só teoria. Em agosto, sua subsidiária SBI Digital Community firmou uma parceria estratégica com a Ripple para promover o uso do XRP Ledger em projetos Web3.
Além disso, a SBI lançou o USDC no Japão, tornando-se a primeira empresa a oferecer o stablecoin de forma regulamentada no país. Paralelamente, adotou a blockchain Corda para transações internas de câmbio, aumentando a eficiência operacional e reduzindo custos.
Por fim, a empresa também lidera iniciativas de tokenização de fundos e NFTs, conectando finanças tradicionais ao universo cripto de forma concreta e funcional.
O avanço dos bancos tradicionais no blockchain marca o início de uma nova fase. Eles trazem escala, credibilidade e uma base de usuários massiva. No entanto, o desafio será manter a descentralização como valor central — ou correr o risco de apenas repetir o sistema financeiro atual em nova roupagem.
Portanto, à medida que stablecoins bancárias e tokens corporativos se multiplicam, o mercado precisa questionar: blockchain para todos ou apenas para poucos com acesso privilegiado?
As próximas decisões vão moldar o futuro da economia digital.
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