A rede Ethereum confirmou oficialmente que o upgrade Hegota será implementado no final de 2026, consolidando a estratégia de atualizações semestrais voltadas a resolver desafios estruturais de escalabilidade e crescimento do estado da rede.
A decisão foi formalizada durante a reunião All Core Devs Execution em 18 de dezembro de 2025, marcando mais um passo na evolução técnica do protocolo.
O que é o Hegota e por que ele é importante
O nome Hegota combina Heze (camada de consenso) e Bogota (camada de execução), simbolizando uma atualização coordenada em toda a arquitetura central do Ethereum.
Diferente de upgrades focados apenas em ganhos pontuais de desempenho, o Hegota ataca um dos problemas mais persistentes da rede: o crescimento excessivo do estado (state bloat).
O elemento central da atualização será a introdução das Verkle Trees, uma nova estrutura de dados projetada para substituir os mecanismos atuais de armazenamento e verificação do estado da blockchain.
As Verkle Trees permitem provas criptográficas muito menores, o que muda radicalmente a forma como os nós interagem com a rede.
De acordo com estimativas discutidas pelos desenvolvedores, isso pode reduzir as exigências de armazenamento em até 90%, viabilizando um novo tipo de operação: os clientes stateless.
Descentralização através da redução de barreiras
Hoje, operar um nó completo do Ethereum exige recursos consideráveis de hardware e armazenamento, o que limita a participação. Com clientes stateless, os nós poderão verificar blocos sem armazenar todo o histórico da rede, reduzindo drasticamente o custo e a complexidade de operação.
Isso fortalece diretamente os pilares de descentralização, resiliência e resistência à censura do Ethereum.
Os desenvolvedores também discutiram a implementação de mecanismos de expiração de estado, que podem complementar o Hegota ao reduzir o acúmulo de dados no longo prazo, tornando a rede mais sustentável.
Como o Hegota se encaixa no roadmap de 2026
O Hegota será lançado após o upgrade Glamsterdam, previsto para o primeiro semestre de 2026.
O Glamsterdam tem foco principal em performance da camada de execução, incluindo:
- Execução paralela de transações
- Aumento do limite de gas
- Meta de throughput que pode se aproximar de 10.000 transações por segundo
Embora o calendário do Hegota esteja definido, seu escopo final ainda será decidido. Os desenvolvedores devem escolher os principais EIPs (Ethereum Improvement Proposals) da atualização até fevereiro de 2026.
Uma mudança estrutural na evolução do Ethereum
Juntos, Glamsterdam e Hegota sinalizam uma nova fase na estratégia do Ethereum: ciclos de atualização mais rápidos combinados com transformações arquitetônicas profundas.
O Hegota, em especial, representa um passo fundamental rumo a um Ethereum mais leve, acessível e sustentável — uma rede em que verificar blocos não dependerá mais de infraestrutura pesada, mas apenas de certeza criptográfica.
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