Criada em 2019, a Monnos se consolida como plataforma de crypto as a service e cryptobank, com solução completa para os mercados tradicional e cripto
Até hoje as criptomoedas são vistas, por alguns, como um “bicho de sete cabeças”. No caso dos usuários comuns, existem aqueles que têm curiosidade, mas não sabem como entrar neste mercado; aqueles que têm medo por não conhecer e não querer sair da sua “zona de conforto”; ou aqueles que entraram, mas por não conhecerem estão investindo de forma errada. Do lado das empresas, muitas querem entrar no gigante universo de possibilidades da criptoeconomia e Web3, porém não sabem nem como começar.
Para atender esses dois públicos, em 2019, surgiu a Monnos, startup brasileira especializada em criptoativos e Web3, reúne como seus serviços as funções de corretora, CryptoBank (cartão com cashback e boleto) e tokenização. Considerada a maior exchange nacional em número de criptos para trades, com + de 100 ativos, a empresa conta com mais de 50.000 usuários, além de empresas como AmBev consumindo suas soluções.
De acordo com Rodrigo Soeiro, CEO e co-fundador da Monnos, metade dos usuários da fintech também investem no mercado tradicional. Os outros 50% são mais jovens, e nunca consumiram produtos da bolsa de valores, somente criptomoedas. “Apesar de toda a turbulência vivenciada dentro da criptoeconomia, este é um mercado que veio para ficar. A tecnologia aplicada é validada diariamente e já se mostrou robusta. No ano de 2023 veremos o mundo cripto e tradicional coexistindo, com soluções como CBDCs e tokenização muito mais pulverizadas. Aqueles que chegarem primeiro irão surfar boas ondas ”, explica.
Soeiro ressalta que o objetivo da Monnos, sob a ótica B2C, é poder prover de forma simples e fácil, apoiado na transparência e desintermediação da tecnologia cripto, alternativas de investimentos dos dois mundos, cripto e tradicional. “Oferecemos equity de startups, frações de imóveis, antecipação de recebíveis e ainda NFTs e Criptos. Tudo isso para que o usuário possa ter boa parte de seu capital conosco, sem haver a necessidade de migração de acordo com a volatilidade do mercado”.
O CEO complementa: “Quando tratamos o B2B, entendemos que é o grande caminho de massificação, pois ofertamos o atalho para posicionar empresas “na cara do gol” dentro da criptoeconomia e, como contrapartida, trazemos os usuários destas marcas para dentro deste mundo que tem tanto a agregar”, reforça.
Atualmente, para o público em geral, a plataforma oferece serviços de conta corrente, conta investimento, cartão de débito com cashback de até 8% e pagamento de boletos, além de staking, marketplace de NFT e social trading (rede social de investimentos, onde usuários podem seguir estratégias de outros usuários).
Já para empresas, a Monnos representa um atalho para àquelas que pretendem acessar a criptoeconomia, oferecendo desde opções de pagamento e recebimento de criptomoedas (o Gateway MONNOS PAY), tokenização de ativos e até marketplace proprietário e whitelabel de NFTs. Segundo Soeiro, existe uma demanda reprimida e a chancela de credibilidade de grandes empresas atrai um grande grupo de novos usuários..
Background financeiro
Formado em administração com foco em finanças e marketing, Rodrigo trabalhou quase 10 anos na ABInBev, e ao sair iniciou a empreender, sendo esta sua terceira iniciativa.
Começou a se inserir no mercado de tecnologia financeira ainda em 2014, co-fundando a plataforma de investimentos Allgoo, a qual teve como primeiro cliente o banco Bradesco. Ainda nesta época, vendo a necessidade organização do ecossistema nacional de fintechs, co-fundou e se tornou o primeiro presidente da Associação Brasileira de Fintechs (ABFINTECHs), onde destaca a criação do evento FINTOUCH, que trouxe grande visibilidade ao enorme número de fintechs existentes no Brasil.
Após seu exit na Allgoo, Rodrigo se aproximou de Felipe Grasnievicz, fundador da Crypfy, startup de inteligência artificial focada no mercado de cripto. A parceria ganhou forma e a dupla, por meio de uma IEO (Initial Exchange Offering) — espécie de IPO do mundo de criptomoedas —, captou mais de R$ 1,7 milhão, e deram seus primeiros passos.
MSN Tokens
Com o IEO (Initial Exchange Offering), surgiu o MNS Token, token nativo da Monnos. Com cerca de 18 mil usuários apoiadores em todo o mundo, eles podem ser acumulados para trocas por criptomoedas ou reais, além de serem utilizados na própria plataforma, com descontos e acessos exclusivos a determinadas funcionalidades.
De acordo com o CEO da Monnos, na plataforma, ao se tornar um VIP holder (usuários que têm acima de 10.000 MNS), obtêm descontos progressivos nas taxas de trade, maiores bonificações por indicações, e maior percentual de cashback, chegando até 8% por compra.
Projetos de NFT
Ao longo de 2022, a Monnos viu no ecossistema de NFT uma nova oportunidade. A partir daí, a empresa criou várias coleções não só autorais como para empresas como a Ambev.
O primeiro projeto foi em parceria com a Primeira Missão Lunar Brasileira. A coleção de NFT surgiu como uma oportunidade de engajar a comunidade astronáutica na viabilização da iniciativa. Para todo o NFT HOLDER o benefício foi o de poder colocar sua foto na bandeira brasileira que será enviada para a Lua, marcando assim sua contribuição e participação em uma ação pioneira e que marca nossa nação na exploração lunar.
Com a Ambev, a Monnos lançou uma coleção de NFTs com a marca Beats , com o objetivo de contribuir para a evolução do ecossistema do Funk no Brasil. Todo NFT Holder tem a opção de votar em qual ONG o recurso total coletado será direcionado, além de outros benefícios que a marca proverá ao longo do tempo.
Durante a Copa do Mundo, outra coleção foi lançada em parceria com a Gerando Falcões e o Consórcio EuTBEM. A dinâmica foi totalmente nova para aplicação de NFTs nos esportes. Nesta ação o NFT Holder tinha a oportunidade de comprar os NFTs que representavam jogadores e seleções participantes da Copa do Mundo, e ganhava dinheiro sempre que sua seleção ganhava os jogos que participava. Além de ganhar mais dinheiro de acordo com a performance de seu jogador. A expectativa é que esta mesma dinâmica seja aplicada para o Brasileirão 2023 e outros campeonatos.
Outro projeto que gerou impacto foi o fracionamento de um terreno virtual no metaverso da Decentraland. Em iniciativa pioneira, a Monnos trouxe para a sua base de usuários a oportunidade de poder fazer a aquisição de seu primeiro terreno virtual, algo que muitos estavam distantes até então. “A analogia é de que este movimento é similar ao que nossos pais e avós faziam no passado quando compravam lotes em regiões distantes, onde só havia mato, aguardando a valorização ao longo do tempo. O fracionamento se mostrou necessário, pois estes terrenos são caríssimos, muitas vezes inacessível para a maioria”, explica Rodrigo Soeiro.
De acordo com o CEO, em 2023 a Monnos trará ainda mais novidades aplicadas à tecnologia de NFTs. Dentre elas no setor esportivo, de games e, até mesmo, com parceiros para integrar ações envolvendo ativos reais via NFTs.