Já sabemos que precisamos tomar reponsabilidade, enquanto humanidade, para o impacto do que produzimos no meio ambiente. Adapt or die. A Terra continuará aqui.
Para falar dos impactos da compensação de créditos de carbono menos falados vamos voltar para o início.
Um começo difícil para a natureza
Durante muito tempo foi se criando um consenso da elite política e econômica, apoiados eventualmente pela comunidade científica global, de que para mudar o impacto precisávamos entrar num jogo de responsabilidades. Quem mais polui paga mais, quem menos polui nos países que mais poluem ganham mais e quem mais preserva a natureza ganha uma migalha e tem que procurar quem quer comprar voluntariamente.
Soa estranho né? É tanto estranho quanto é verdade.
Mas, dessa situação difícil para a preservação e o sul global ocorreu o que há de mais valioso do ser humano, a criatividade e a capacidade de adaptação quando precisamos.
Essa história dos créditos de carbono evoluiu para que o mercado voluntário (aquele que no início era das migalhas) crescesse mais rápido e se tornasse o maior potencial para encararmos a natureza de forma diferente a partir do sul global. Os preços cresceram, a inovação floresceu e o mercado voluntário entrou na moda.
Mas, nem tudo fica bonito tanto tempo como tenta te convencer a indústria dos cosméticos.
Com o crescimento do mercado voluntário veio a ganância e nos últimos anos um novo triste consenso vem se formando: o ativo que levaria o mundo à uma nova era não podia ser utilizado para isso, só pode usar para compensar poluição.
Compensação compensa no final?
Como assim? Compensação não é o caminho? Ficou confuso né? Eu te explico essa loucura.
Um crédito de carbono quando deixa de existir para compensar a poluição gerada por uma empresa deixou de existir com um legado que não é de todo bonito. Ele adiciona um novo custo (em alguma forma de imposto mesmo quando voluntário) a empresa e isso adiciona o que?
Inflação de oferta. O roubo mais normalizado da história. A queridinha da concentração de renda e da manutenção de pobreza no sistema financeiro internacional quando exportada.
A inflação faz com que o seu dinheiro compre menos coisas. Simples assim. Assim como faz com que a empresa precise de mais dinheiro para manter a mesma estrutura. Em outras palavras direcionando ao que interessa (nós sobrevivermos nesse planeta), manter o mundo saudável para a gente viver de forma confortável é cada vez mais difícil (caro) num sistema inflacionário. Um impacto que vai em cada emissão de moeda, em cada aposento (inutilização) de crédito de carbono, em cada transação que acontece no mundo para qualquer coisa que se pague.
Sobre isso ninguém fala né? Para quê se inflação não conta para a maioria que estava discutindo impacto ambiental lá atrás porquê a exportam?
Mas isso precisa ser dito.
E aí Phil? Dane-se créditos de carbono então?
Muito pelo contrário!
O potencial escondido dos ativos regenerativos
Enquanto está se vendendo os créditos como um remédio inflacionário por um lado, por outro ele pode ser exatamente o elixir da nova era da humanidade onde a riqueza se prolifera mais longe e mais profunda e ainda vivemos num lugar naturalmente mais confortável.
Como? Não deixando ele desaparecer para justificar alguém estragar nossa casa em poucas palavras.
Precisamos, enquanto humanidade, enxergar créditos de carbono, de biodiversidade, cRECYs e demais novos ativos ambientais, como de fato são em seu potencial máximo. Vê-los como primitivos financeiros como diria um grande mentor.
Enxergá-los como coisas valiosas que se tornarão cada vez mais valiosas e criar sobre eles outros ativos financeiros e usá-los como colateral de moedas. Isso, junto com nosso hard and sound money, BTC, é o que transformará cada transação do mundo em um impacto positivo para nosso planeta enquanto financia as adaptações necessárias da cadeia produtiva para se tornar regenerativa.
É sonhar demais? Talvez.
Mas com soluções como Moss, Kumo, DeTrash, Creturner, Trust Anchor Group e a história “impossivel” do Bitcoin, sonhar demais é tão possível de se tornar real quanto “se manter no lado seguro e conservador da história”.
Não se preocupe, esse é só o início da pílula verde.
Até semana que vem!
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