O Bitcoin iniciou a semana renovando seu topo histórico ao romper a barreira dos US$112 mil e atingir uma nova máxima nos US$123 mil — o maior fechamento semanal da história da criptomoeda. Essa alta acontece em um cenário de forte otimismo, impulsionado por notícias políticas e macroeconômicas que favorecem os ativos digitais.
Além do Bitcoin, o movimento também impactou positivamente as altcoins. O Ethereum superou os US$3.000, enquanto o XRP disparou acima dos US$3. Outro destaque de peso foi a XLM, que teve uma valorização de mais de 80% em apenas três dias, refletindo o forte apetite dos investidores por ativos de risco.
Essa semana marca a chamada “Crypto Week” nos Estados Unidos, um momento decisivo para o setor cripto, com o Congresso norte-americano focado na aprovação de três projetos de lei que beneficiam diretamente a indústria dos ativos digitais. Os textos devem tratar sobre maior clareza regulatória, proteção ao direito de autocustódia e diferenciação entre tokens de commodities e títulos mobiliários, dando mais segurança jurídica para o mercado.
No campo macroeconômico, a agenda também é relevante. Teremos a divulgação do CPI (Índice de Preço ao Consumidor) na terça-feira (15), e o IPP (Índice de Preço ao Produtor) na quarta-feira (16). Ambos os dados são importantes para medir a inflação nos Estados Unidos. O CPI mostra como os preços estão impactando o consumidor final, enquanto o IPP aponta o aumento de custos para os produtores — sendo um sinal precoce de pressões inflacionárias. Esses dados influenciam diretamente as decisões do Federal Reserve sobre a taxa de juros.
Aliás, esse é outro ponto de atenção para o mercado: a pressão crescente do governo e de Donald Trump sobre Jerome Powell para iniciar o corte de juros. Trump vem utilizando sua influência política para cobrar medidas mais agressivas de estímulo, e o clima político pode acabar acelerando o início do ciclo de cortes, o que beneficiaria ainda mais o mercado cripto.
Do ponto de vista técnico, o Bitcoin rompeu a bandeira de alta que vínhamos acompanhando nas últimas semanas e entrou numa zona de preço que nunca havia sido negociada.
Em regiões assim, o preço tende a subir com mais facilidade, já que não existem resistências históricas claras — o que também dificulta a atuação de vendedores, que acabam distribuindo suas ordens de forma espaçada no livro de ofertas.
Mesmo com toda essa euforia, o Fear and Greed Index permanece em níveis de ganância, mas ainda não entrou no território de extrema ganância. Isso sugere que ainda existe espaço para mais altas, embora seja prudente fazer parciais para garantir lucros.
Para quem está posicionado, a estratégia mais sensata é manter a maior parte das posições e vender apenas parcialmente conforme o ativo avança. Já para quem está de fora do mercado, uma possível correção até a faixa dos US$110 mil–US$112 mil (região do topo anterior) pode ser uma boa oportunidade para buscar uma entrada com menor risco.
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