O ex-presidente e agora novamente presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está preparando uma ordem executiva que pode mudar radicalmente o relacionamento entre o sistema bancário tradicional e as empresas de criptoativos. O objetivo? Punir bancos que encerram contas de clientes por motivos políticos — prática conhecida nos bastidores como “debanking”.
Segundo o Wall Street Journal, o rascunho da ordem determina que reguladores investiguem possíveis discriminações bancárias e verifiquem se instituições financeiras têm violado leis federais ao cortar laços com pessoas ou empresas com base em posições ideológicas ou ligações com o setor de criptoativos.
“Operation Choke Point 2.0” — O Alvo São os Criptoativos
O movimento da Casa Branca surge como resposta direta ao que muitos no setor chamam de “Operation Choke Point 2.0” — uma suposta ofensiva informal por parte de bancos e reguladores para desconectar empresas de cripto do sistema financeiro. A primeira versão da “Operação” aconteceu na era Obama, mirando setores controversos como armas e apostas. Agora, o alvo seriam exchanges e startups blockchain.
Empresas como Coinbase, Kraken e Gemini já relataram perda de acesso a serviços bancários sem justificativa formal. Executivos do setor cripto acreditam que as motivações seriam mais políticas do que técnicas — como alegações de compliance ou lavagem de dinheiro.
Trump Cumpre Promessa de Campanha: “Liberdade Financeira”
Durante sua campanha em 2024, Trump prometeu acabar com o debanking seletivo e oferecer regras claras para o setor de ativos digitais. A proposta da ordem executiva seria o primeiro passo concreto nesse sentido. A medida não nomeia instituições específicas, mas prevê multas e sanções para bancos que excluírem clientes sem justificativa legal ou por motivos políticos.
O documento ainda obrigaria a Administração de Pequenas Empresas (SBA) a revisar o comportamento de seus parceiros de crédito e incentivaria todas as agências governamentais a revisarem políticas internas que possam favorecer a discriminação ideológica.
Bancos Reagem: “É Sobre Compliance”
Instituições bancárias se defendem, alegando que decisões de encerrar contas estão alinhadas com as leis contra lavagem de dinheiro e combate ao financiamento ao terrorismo. No entanto, líderes do Partido Republicano e defensores da indústria Web3 veem viés ideológico crescente nos serviços financeiros — o que pode representar grave risco à liberdade econômica.
Para evitar repercussões políticas, alguns bancos já atualizaram suas políticas internas e começaram a dialogar com procuradores estaduais republicanos, sinalizando uma tentativa de reafirmar neutralidade institucional.
Eric Trump: “Cripto é Liberdade”
Um dos episódios mais simbólicos veio do próprio Eric Trump, filho do presidente. Após ser desbancarizado por instituições americanas, Eric disse que a experiência foi “reveladora”.
“Só depois de sermos bloqueados percebi o que a cripto realmente oferece — liberdade total do controle centralizado.”
A fala reforça a percepção de que criptoativos podem ser a saída para quem sofre censura financeira. Seja por opinião política ou modelo de negócio alternativo, o blockchain oferece uma via paralela — e descentralizada — de acesso ao sistema financeiro.
Impacto Potencial: Proteção Legal ao Ecossistema Cripto
Se assinada, a ordem executiva de Trump poderá redefinir o relacionamento entre o governo federal e o sistema bancário tradicional, estabelecendo barreiras legais contra discriminação política e ideológica, especialmente voltadas ao setor cripto.
Além de potencialmente restaurar confiança institucional, a medida também pode aumentar a competitividade de empresas blockchain, hoje forçadas a operar à margem do sistema financeiro tradicional ou recorrer a bancos estrangeiros e soluções DeFi.
Conclusão: Cripto como Direito Civil do Século XXI
A tentativa de Trump de proteger o setor cripto da censura bancária levanta um debate maior: acesso a serviços financeiros é ou não um direito básico? Em uma economia cada vez mais digital, onde a exclusão bancária pode significar o fim de um negócio ou o isolamento econômico de indivíduos, a blockchain surge como uma infraestrutura de resistência.
Caso a ordem seja assinada, veremos um novo capítulo onde criptomoedas deixam de ser apenas inovação e passam a ser escudo contra abuso de poder — seja por governos, seja por bancos.
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