- BTC recuou para US$ 113 mil após recorde de US$ 124 mil.
- Investidores liquidaram mais de US$ 113 milhões em posições alavancadas.
- Medo atinge nível extremo no mercado de opções, mas padrões históricos sugerem chance de recuperação.
O Bitcoin (BTC) surpreendeu o mercado ao recuar para US$ 113 mil, menor valor em duas semanas. A queda veio acompanhada de liquidações expressivas e aumento do pessimismo diante das incertezas globais.
Pressão macroeconômica e investigações nos EUA
A desvalorização ganhou força após notícias de que a SEC estaria investigando fraudes na Alt5 Sigma, empresa parceira da World Liberty Financial, ligada a Donald Trump. Dessa forma, investidores passaram a questionar a solidez de negócios bilionários no setor.
Além disso, a confiança do mercado foi abalada pela queda de 1,5% no índice Nasdaq 100. O recuo ocorreu após pesquisa do MIT indicar que 95% das empresas não conseguiram transformar projetos de inteligência artificial em ganhos de receita.
Outro fator relevante foi o anúncio de tarifas de 50% sobre mais de 400 produtos importados pelos EUA. A lista inclui peças automotivas e químicos, o que pressiona custos e amplia riscos inflacionários.
Medo extremo, mas espaço para recuperação
O mercado de opções de Bitcoin refletiu claramente o sentimento negativo. O indicador “delta skew” saltou para 12%, maior nível em quatro meses. Em geral, leituras acima de 10% indicam medo extremo.
No entanto, episódios semelhantes já ocorreram. Em abril, por exemplo, o BTC caiu para US$ 74,5 mil e, logo depois, disparou 40% em apenas um mês. Portanto, parte dos analistas acredita que o cenário atual pode repetir o mesmo padrão.
Além disso, a busca por ativos de proteção continua em alta. O banco UBS, por exemplo, elevou a projeção do ouro para US$ 3.700 até 2026, reforçando a percepção de fragilidade econômica global.
O que esperar do Bitcoin?
Apesar da turbulência, muitos especialistas defendem que o ciclo de alta não terminou. Afinal, o medo costuma ampliar riscos de curto prazo, mas também pode abrir espaço para valorizações mais fortes.
Assim, a marca de US$ 112 mil pode ser apenas um ponto de ajuste antes de um possível novo rali, reforçando que o longo prazo continua favorável ao Bitcoin.
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