A Coinbase respondeu com firmeza às acusações feitas pelo senador norte-americano Chris Murphy, que alegou que a exchange de criptomoedas teria se beneficiado de um suposto favorecimento político durante o governo de Donald Trump.
Segundo o senador, a plataforma teria doado cerca de US$ 46 milhões para apoiar candidatos ligados ao ex-presidente, além de contribuir com o fundo inaugural de Trump e supostamente participar de um projeto de US$ 300 milhões para construir um novo salão de eventos na Casa Branca — algo que ele chamou de parte da “fábrica de corrupção de Trump”.
Murphy afirmou ainda que os Democratas do Senado exigem esclarecimentos sobre a origem do financiamento desse projeto, enquanto acusações semelhantes também foram direcionadas à Binance.US, que teria listado o stablecoin USD1 como “favor” político — alegações que a própria Binance negou categoricamente.
Coinbase rebate acusações e defende transparência
Em resposta, Faryar Shirzad, diretor de políticas da Coinbase, classificou as alegações como “absurdas” e “sem qualquer fundamento”. Segundo ele, o principal comitê de ação política da empresa, o Fairshake PAC, atua de forma bipartidária, tendo inclusive apoiado três senadores democratas — colegas do próprio Murphy.
Shirzad ressaltou que as contribuições ligadas ao projeto do salão da Casa Branca foram destinadas ao Trust for the National Mall, uma organização não partidária que recebe apoio de empresas de diversos setores.
“Não se trata de um projeto político, mas cívico”, afirmou Shirzad. “O senador deveria entender a diferença antes de fazer novas acusações.”
O executivo também destacou que a decisão recente da SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) de encerrar o processo contra a Coinbase foi uma decisão baseada em mérito, e não resultado de pressão política. Ele acusou a antiga liderança da SEC de “abuso de poder e perseguição” à indústria cripto, elogiando a nova direção pela postura mais técnica e equilibrada.
Criptomoedas e política: uma relação cada vez mais próxima
O embate entre Murphy e a Coinbase evidencia o quanto o setor de criptomoedas passou a ter peso político nos Estados Unidos. Desde 2022, a indústria tem investido somas milionárias em campanhas eleitorais e lobby regulatório.
Os principais doadores do Fairshake Super PAC incluem Coinbase, Ripple e o fundo de investimento Andreessen Horowitz, que financia candidatos comprometidos com a inovação digital e a expansão do ecossistema Web3.
Após anos de confrontos com reguladores, a Coinbase assumiu um papel mais ativo e público na formulação de políticas relacionadas a ativos digitais. Shirzad enfatizou que esse envolvimento não busca favorecer partidos ou governos, mas sim promover transparência, inovação e competitividade no sistema financeiro americano.
“Nosso compromisso é com o avanço da política cripto nos EUA de forma aberta e responsável”, concluiu.
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