O blockchain está transformando o agronegócio brasileiro e mundial, trazendo rastreabilidade, eficiência e sustentabilidade para a cadeia produtiva de alimentos. André Carneiro, CEO da BBChain, destacou como essa tecnologia permite que o consumidor acompanhe cada etapa do processo, desde a semente até o prato, aumentando a confiança nos produtos e impulsionando práticas mais sustentáveis.
“O blockchain registra de forma transparente e segura todas as etapas da produção. Isso não apenas eleva a confiança do consumidor, mas também facilita a identificação de problemas na cadeia. Quando detectamos uma falha ou contaminação, conseguimos agir rapidamente para proteger a saúde dos consumidores”, explicou Carneiro.
Uma pesquisa da MarketsandMarkets projeta que os investimentos globais em blockchain para agricultura e alimentos atinjam US$ 948 milhões até 2025. Segundo Carneiro, isso reflete a crescente demanda por sistemas que garantam qualidade, segurança e responsabilidade ambiental.
Um exemplo prático dessa evolução são os QR Codes inseridos em embalagens. Ao escaneá-los, os consumidores obtêm informações detalhadas sobre o cultivo, incluindo dados sobre o consumo de água, fertilizantes e emissões de carbono. Essa transparência não apenas educa os consumidores, mas também incentiva os produtores a adotarem práticas mais sustentáveis.
“A pressão por um consumidor cada vez mais consciente gera um impacto positivo, forçando o aprimoramento das práticas”, complementou o CEO.
O blockchain também melhora a eficiência operacional, reduzindo desperdícios e aumentando a sustentabilidade. Com acesso a dados em tempo real sobre movimentação e armazenamento, os produtores podem tomar decisões mais precisas em colheitas, logística e vendas. Carneiro destacou que isso minimiza perdas e torna a cadeia produtiva mais econômica.
“Com um gerenciamento eficiente, conseguimos construir um sistema alimentar mais justo e responsável”, disse ele.
Outro benefício é a propriedade fracionada. Esse conceito divide ativos em partes menores e acessíveis, permitindo que pequenos investidores adquiram frações de sacas de produtos como café, sem a necessidade de armazená-los ou distribuí-los.
“O blockchain torna esse processo transparente e eficiente, ampliando as oportunidades de investimento para todos”, finalizou Carneiro.
O impacto do blockchain no agronegócio vai além da tecnologia. Ele promove um consumo mais consciente, incentiva práticas sustentáveis e amplia as possibilidades de negócios, beneficiando produtores, consumidores e o meio ambiente.
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