O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de novas tarifas sobre produtos importados a partir de 2 de abril de 2025, chamando essa data de “dia da libertação”.
Com a ideia de tornar o comércio dos EUA mais equilibrado, cobrando impostos mais
altos sobre produtos vindos de outros países, se as tarifas forem aplicadas, produtos
importados dos EUA também ficarão mais caros, o que pode aumentar a inflação e
diminuir o poder de compra dos brasileiros. Isso inclui itens como eletrônicos e até
algumas commodities, que são produtos básicos comercializados em grande escala,
como petróleo e soja.
As tarifas propostas incluem uma taxação de 25% sobre a importação de automóveis e
novas tarifas sobre produtos farmacêuticos, aço, alumínio e petróleo de países como
China, México e Canadá. O presidente afirma que essas medidas incentivarão a
produção doméstica e tornarão os produtos americanos mais competitivos. No
entanto, economistas alertam que os custos podem ser repassados aos consumidores,
tornando os bens essenciais mais caros.
Líderes mundiais reagiram negativamente ao anúncio de Trump. A União Europeia
ameaçou retaliar com tarifas próprias, enquanto o Canadá e o Brasil buscaram
alternativas diplomáticas para evitar os impactos negativos. A China criticou a decisão,
afirmando que guerras comerciais não beneficiam nenhuma nação. Especialistas
temem que a medida gere instabilidade e desacelere o crescimento econômico global.
Danilo Matos, analista da NovaDAX explica como o Dia da Libertação Americana
poderá afetar o mercado de criptomoedas global.
“Por um lado, a imposição de barreiras tarifárias pode levar investidores a buscar
criptomoedas como refúgio contra a instabilidade financeira tradicional. Por outro lado,
a imprevisibilidade das políticas de Trump pode resultar em vendas em massa e quedas
nos preços.
No mercado financeiro geral, para o Brasil, as tarifas americanas podem aumentar a
inflação devido à alta nos preços de importados dos EUA, corroendo o nosso poder de
compra para, por exemplo, artigos eletrônicos e em commodities precificadas em dólar.
Além disso, a instabilidade global pode levar à desvalorização do real, com investidores
buscando ativos mais seguros, como o próprio dólar. Já para o mercado brasileiro de
criptomoedas, isso pode significar tanto um aumento na busca por proteção contra a
inflação quanto uma maior volatilidade, acompanhando as tendências globais.
Atualmente, o Bitcoin está cotado a US$85.300, com variação de +3,19%. O suporte
imediato está em US$85.000; se o preço cair abaixo desse nível, pode haver pressão
vendedora. Por outro lado, resistências importantes estão situadas entre US$ 88.000 e
US$ 90.000. Um fechamento acima de US$89.000 poderia sinalizar uma inversão de
tendência e abrir caminho para testar a faixa de resistência de US$92.000 a US$95.000.
No fim, o momento de mercado, principalmente o de criptomoedas, é bastante sensível
e espera informações mais sólidas antes de tomar decisões. Vale dizer que, momentos
como esse oferecem oportunidades para aqueles que desejam se arriscar em opções
de short ou long e tentar aumentar lucros em suas estratégias”.
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