O influente consultor financeiro Ric Edelman, cofundador da Edelman Financial Engines — gestora com US$ 293 bilhões sob gestão — está quebrando paradigmas ao recomendar que investidores aloque até 40% de suas carteiras em criptoativos. O conselho vale até para quem já passou dos 90 anos, reforçando a tese de que o Bitcoin e outros ativos digitais devem fazer parte de um planejamento de patrimônio de longo prazo, inclusive pensando em futuras gerações.
Durante participação no programa Crypto World, da CNBC, e em uma conferência no Texas para gestores de patrimônio, Edelman reforçou sua mudança de postura: antes defensor de uma exposição “de um dígito”, agora defende percentuais agressivos, ancorado na maior clareza regulatória e na entrada maciça de players institucionais no mercado.
Para carteiras conservadoras, Edelman recomenda uma alocação mínima de 10% em criptoativos. Já para perfis moderados, 25%. E, para investidores agressivos, 40%. Segundo ele, o argumento é claro: a longevidade da população exige que os patrimônios durem mais tempo — e o blockchain deve crescer 5 a 10 vezes até 2030, gerando retornos que poucos mercados podem oferecer.
“Hoje, quem está vivo vai viver até os 100 anos ou mais. Os portfólios precisam durar muito mais do que a maioria imagina”, ressaltou Edelman.
Além disso, ele destaca que o mercado de Bitcoin deve atingir uma capitalização de US$ 19 trilhões na próxima década. Hoje, o BTC soma cerca de US$ 2,1 trilhões em valor de mercado, segundo a CoinGecko. O avanço de ETFs e a reversão de restrições a bancos, promovida pela administração Trump, abrem caminho para uma participação massiva do sistema financeiro tradicional, algo que antes parecia improvável.
Bitcoin é só o começo?
Para Edelman, não se trata apenas de Bitcoin. Investidores podem (e devem) olhar para stablecoins, empresas de custódia, emissores de chips e corretoras. Ele defende uma exposição ampla à infraestrutura do setor:
“Há uma infraestrutura saudável e diversificada que representa blockchain e ativos digitais. Limitar-se apenas ao Bitcoin é abrir mão de participar dessa comunidade mais ampla.”
O consultor também faz uma provocação ao modelo tradicional de alocação em renda fixa. Ele argumenta que nenhuma carteira deveria ter mais de 30% em títulos do Tesouro dos EUA, defendendo que, em certos casos, faz sentido concentrar 100% em ações e cripto.
Mesmo para idosos, Edelman defende que investir em cripto não é uma questão de idade, mas de propósito: legar patrimônio para herdeiros. “Se você está nos seus 90 anos, não vai gastar todo o dinheiro. Vai deixar para filhos e netos. Então, esse dinheiro já não é mais só seu”, destacou.
O impacto de suas declarações ecoou na comunidade cripto. Para Eric Balchunas, analista de ETFs da Bloomberg, trata-se da maior defesa pública da criptoeconomia feita por um nome de peso de Wall Street desde Larry Fink, da BlackRock. Vale lembrar que o CEO da maior gestora de ativos do mundo se tornou um entusiasta declarado do Bitcoin desde a aprovação dos ETFs spot.
Até mesmo Jamie Dimon, CEO do JP Morgan e notório crítico do Bitcoin, mudou o tom. Em maio, admitiu que clientes do banco poderão comprar BTC em breve — mais um sinal de que o dinheiro tradicional está cada vez mais exposto à tese cripto.
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