De acordo com Gabriella Bridi, educadora financeira da Franq, o processo para conversar sobre finanças com crianças começa dentro de casa e a família tem um papel central nos ensinamentos
Durante todo o ano, pais e responsáveis se desdobram para comprar presentes aos filhos. Para além de “agrados” espontâneos, datas como Páscoa, Dia das Crianças, Natal e aniversários geram um gasto ainda maior. Mas, como ensinar ativamente sobre dinheiro para as crianças?
De acordo com Gabriella Bridi, educadora financeira da Franq, maior plataforma de bancários autônomos do Brasil, o processo de educação financeira começa dentro de casa e a família tem um papel central que os pequenos carregam para toda a vida, sendo que elas aprendem de duas formas: por observação das conversas e comportamento dos pais quando o assunto é dinheiro, e quando tomam pequenas ações com a intenção de ensinar como lidar com dinheiro.
Uma das melhores formas de ensinar de forma espontânea, com situações do dia a dia. Uma ida ao supermercado, por exemplo, é uma oportunidade para falar sobre planejamento, organização e orçamento.
— Evite usar frases como ‘não vamos comprar isso porque é caro’, e substitua por ‘este produto não cabe no nosso orçamento, vamos procurar outro que esteja na lista de compras e seja mais acessível?’. Também fuja do clichê ‘não tenho dinheiro pra isso’, e busque direcionar para ‘no momento nossa família tem outras prioridades, talvez em outro momento’. Os mais novos aprendem muito bem através das brincadeiras, como lojinha, feira e banco imobiliário, onde conseguem perceber a relação de troca e valores — destaca.
Outra ideia, segundo Gabriella, é incentivar a criação de metas e objetivos. Apenas receber um presente não mostra o valor do esforço por trás daquela ação. Por isso, ela sugere fazer combinados: pergunte à criança o que ela gostaria de ter, alinhe expectativas sobre os valores, e crie um plano em que ela participe da conquista.
— Pode ser através de mesadas, em que parte do recurso é destinada para a compra do brinquedo; ou por atividades de colaboração dentro de casa, onde o esforço é recompensado — orienta.
Entretanto, a educadora financeira ressalta ser importante evitar a premiação por tarefas que são inegociáveis, como banho, escovar os dentes, tarefas escolares e manter os pertences em ordem.
Ensinar princípios de educação financeira para as crianças não ajuda apenas a valorizar o dinheiro da casa, mas também promove noções de planejamento, autonomia, controle contra o consumismo e o fortalecimento do diálogo em família.
Cartão de crédito deve ser usado?
Conforme a educadora financeira da Franq, Gabriella Bridi, o cartão de crédito não é o vilão das finanças, mas um meio de pagamento. Porém, as famílias precisam estar cientes de que o limite do cartão não significa uma renda extra para ser usada mensalmente.
— Se usado sem controle, vira uma armadilha para o endividamento. Caso não vá comprometer o orçamento do mês seguinte, não há problema nenhum em usá-lo — orienta.
O parcelamento, quando não há acréscimo de juros, também pode ser usado, desde que haja um controle de todas as compras parceladas para não se perder. O ideal, conforme ela, é nunca comprometer o orçamento do ano seguinte com parcelas.
— Ou seja, se estamos em outubro, é necessário parcelar em apenas 2 vezes, com pagamento em novembro e dezembro. Assim, você garante que não começará 2026 cheio de contas ainda de 2025 — finaliza.
Sobre a Franq
Fundada em 2019, a Franq é uma tecnologia única de produtos financeiros de diferentes instituições para bancários autônomos e escritórios de investimentos, oferecendo desde crédito imobiliário e de financiamento de veículos até seguros e antecipação de recebíveis. Em junho de 2021, a fintech recebeu seu primeiro aporte do fundo Valor Capital no valor de R$ 20 milhões. Em outubro de 2022, captou U$12 milhões em rodada liderada pela americana Quona, com participação da GloboVentures e Broadhaven.
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