Recentemente, Felipe Neto postou em uma rede social que “não gosta de bolsa de valores”, pois, “não gosta de gerar riqueza sem produzir nada para o mundo”. E que você pode produzir qualquer coisa, como o entretenimento que o “cara fazendo malabarismo no sinal” faz, mesmo que “seja pedinte”.
Ainda que, em seguida, tenha tentado se explicar, este tipo de pensamento é muito comum aqui no Brasil. Tendo isso em vista, vamos falar sobre bolsa de valores e seus benefícios socioeconômicos.
Bolsa de valores: o que é?
A bolsa de valores é um local, físico/intangível, onde se negocia os títulos de propriedade de empresas. Estes títulos, i.e. ações, representam uma parte do ativo e passivo do balancete da empresa que os emitiu.
Portanto, a Bolsa de Valores é um ambiente que busca, de forma segura, dispor as possíveis negociações de títulos que as empresas emitem ao mercado.
A compra dos títulos tornará o indivíduo que as dispõe sócio da empresa. Isso que fornecerá o recurso a ela, em troca das ações. Esta compra inicial que se dá entre empresa e comprador do ativo será chamado de mercado primário.
As ações: o que o preço nos diz?
Os preços expressos nos ativos são consequência da oferta e demanda dos ativos entre compradores e vendedores de ações, o que chamaremos de mercado secundário. Esta oferta e demanda ocorrerá mediante a valoração de cada indivíduo que, em suma maioria, agirá na expectativa de lucro futuro da empresa.
Portanto, o preço terá um fator de sinalização, expressando qual a expectativa dos participantes do mercado. Podemos ver que as negociações da bolsa, ainda que se dê por motivos “egoístas” de obtenção de lucros, poderá expressar qual o melhor caminho que os recursos econômicos deva percorrer.
É algo produtivo?
Ao contrário do que Felipe Neto comentou, a bolsa de valores, na verdade, também agrega na produção para economia. Uma empresa que, por exemplo, deixa de ser “Ltda” e se torna “S/A”, capitalizará recurso em mercado aberto para poder desenvolver projetos, pesquisas ou expandir seus negócios.
Como o comprador do ativo será sócio, participará da obtenção de lucros da empresa. Podendo ascender economicamente, fazendo com que produtos financeiros deem retornos similares ao obtido neste mercado.