O mundo moderno coloca a sociedade num momento de transição entre o físico e o digital. Aos poucos vão acontecendo adaptações e as necessidades do dia a dia, antes feitas apenas presencialmente, também dão lugar a novas tecnologias que oferecem cada vez mais facilidades para a vida do cidadão.
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O brasileiro está ficando mais exigente quando se trata de qualidade nos serviços bancários. E como não poderia ser diferente, a nossa forma de lidar e administrar o dinheiro também mudou ao longo dos anos. O acesso cada vez maior à internet pela população e sua inerente democratização abriu um mar de oportunidades para instituições e novas empresas do mercado financeiro que estão oferecendo um leque de produtos e vantagens pelos aplicativos.
Também é preciso pontuar que, além do desenvolvimento natural da forma como tratamos nosso dinheiro a partir dos avanços tecnológicos obtidos ao longo dos anos, o brasileiro está ficando mais exigente quando se trata de qualidade nos serviços bancários, como indica a pesquisa encomendada pela Akamai à Cantarino Brasileiro que abrange cidadãos de diferentes faixas etárias, regiões e classe social.
Esse novo perfil mais exigente que vem se formando no país tem reduzido cada vez mais a nota geral dada aos bancos pela qualidade do serviço ofertado. A competição entre os bancos, ainda segundo o estudo, aumentou, uma vez que o número de contas pertencentes a cada brasileiro subiu de 3,5 para 4,3 entre os anos de 2021 e 2022.
Os bancos digitais obtiveram um crescimento de 61% no Brasil
Uma porcentagem que chama atenção na pesquisa é a preferência de jovens e adultos por bancos digitais em relação aos tradicionais. O estudo aponta que 89% dos jovens de 20 a 29 anos preferem pelo modelo digital para guardar e gerir seu dinheiro. Esse número cai para 81% dos adultos entre 30 a 39 anos e 67% acima de 40 anos.
Preferência dos brasileiros por faixa etária:
? 89% dos jovens de 20 a 29 anos
? 81% dos adultos entre 30 a 39 anos
? 67% dos adultos acima de 40 anos
Os dados mostram ainda que, mesmo com a preferência, sobretudo de jovens e adultos, aos bancos digitais, o mercado segue dividido e competitivo. Cerca de 70% dos entrevistados afirmaram ter contas em ambas as modalidades, tradicional e digital. Se comparado com 2021, o dado mostra um aumento de 7% das pessoas que colocam à prova a qualidade do serviço ofertado, com destaque para as transferências bancárias e segurança do dinheiro na conta.
Mesmo sob a desconfiança daqueles ainda resistentes à tecnologia e que não abandonam a tradicional agência bancária e o atendimento personalizado do gerente, os bancos digitais obtiveram um crescimento de 61% no Brasil. Apesar desse crescimento na adesão a contas nesse tipo de banco, os tradicionais continuam à frente obtendo a conta principal de 66% dos brasileiros.
Na mesma pesquisa realizada em 2020, esse número era de apenas 37%. O número de clientes que possuíam conta apenas em banco tradicional caiu de 57% em 2020 para 21% em 2022, no entanto, um fator diretamente relacionado com a escolha é a faixa etária do utilizador. Em relação aos 66% que optam pelo banco tradicional como conta principal, 79% têm mais de 40 anos.
Smartphones dominam transações bancárias
Os aplicativos móveis seguem sendo a principal forma de acesso aos serviços bancários, se mantendo quase na mesma proporção de 2021, de 76% para 77% em 2022. O Internet Banking vem em segundo lugar, utilizado por 39% dos clientes.
Os critérios para escolha de um banco são as mais diversas, ainda que as tarifas continuem sendo o atributo mais importante, citada por 56% dos usuários.
Do Pix ao empréstimo pessoal facilitado, além de investimentos e pagamento de contas até mesmo parceladas pelo cartão de crédito, o crescimento dos bancos digitais pode ser explicado pelas facilidades que oferecem para que o usuário possa ter acesso a crédito e realizar transações bancárias ágeis, mesmo sem pagar tarifas para manutenção da conta. Feito o cadastro, o cliente já é exposto a vários produtos financeiros na tela do celular.
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Brasil líder em contas de bancos digitais
Ampliando a discussão para um cenário global; em 2022, o Brasil ocupa o primeiro lugar entre os países que possuem mais contas digitais. De acordo com a pesquisa feita por Finder, 43% dos adultos brasileiros possuem contas digitais, fazendo do país o primeiro lugar em clientes desta modalidade.
A expectativa é que, até 2027, a maioria dos brasileiros adultos tenha conta em um banco digital.
Atrás do Brasil, o ranking tem a Indonésia (26%), Irlanda (22%), Singapura (21%) e Hong Kong (20%). A menor porcentagem pertence aos Estados Unidos, que registrou apenas 8% de usuários em bancos digitais.
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Segundo estimativas de especialistas, o número de clientes de serviços financeiros digitais deve chegar a 57% até 2027, conseguindo manter o país no pódio mundial de usuários deste tipo de serviço bancário.