A América do Sul hoje enfrenta atualmente uma série de desafios políticos e econômicos que têm gerado preocupação e incerteza na região. Desde a crise financeira na Argentina e na Venezuela, até a polarização política no Brasil e no Chile, a situação na América do Sul tem sido complicada e difícil de prever. Neste contexto, é natural que muitas pessoas estejam se perguntando o que esperar da situação política e econômica na América do Sul nos próximos anos.
Os problemas da América do Sul
Atualmente, os países da América do Sul hoje enfrentam uma série de dificuldades econômicas que têm afetado o crescimento e o desenvolvimento da região. Algumas das principais dificuldades são:
Inflação
A inflação é o aumento da base monetária, que resulta em um aumento persistente dos preços de bens e serviços, que pode afetar negativamente a economia de um país. Na América do Sul, a inflação tem sido um problema histórico em alguns países, como a Argentina e a Venezuela, e tem sido um dos principais desafios enfrentados atualmente pela região.
A inflação afeta negativamente o poder de compra da população, diminuindo o valor do dinheiro e aumentando o custo de vida. Ela também pode desestimular o investimento, já que os investidores podem ficar receosos em investir em um país cuja moeda de curso legal tem um baixo poder de compra.
Enfraquecimento do investimento
O investimento é uma das principais fontes de crescimento econômico em qualquer país, e o enfraquecimento do investimento pode ter um impacto negativo na economia. Na América do Sul, o investimento tem sido uma das principais preocupações nos últimos anos, com o investimento fixo bruto (que inclui investimentos em máquinas, equipamentos, edifícios e infraestrutura) diminuindo em muitos países da região.
O enfraquecimento do investimento pode ser causado por diversos fatores, como incerteza política, instabilidade econômica, e dificuldades para obter financiamento. Quando o investimento diminui, as empresas tendem a investir menos em novos projetos e empregar menos pessoas, o que tem impacto negativo sobre a produção de diversos bens e aumenta os índices de desemprego.
A América Latina tem enfrentado uma estagflação econômica (recessão econômica somada a inflação) em razão da ascensão de governos populistas em países como a Colômbia, o Chile e o Brasil. Isso tem gerado preocupação em relação à segurança dos investidores, aos direitos de propriedade, política de gastos e à disciplina monetária.
Na Argentina, o PIB deverá crescer apenas 0,2% em 2023, com inflação de 95% e dívida em relação ao PIB de 72%. A pobreza aumentou para 36,5% da população e as políticas do governo são intervencionistas, com controle de preços e aumento de impostos. O Chile e a Colômbia também enfrentam dificuldades econômicas, com previsão de crescimento zero no Chile em 2023 e crescimento do PIB de 1,6% na Colômbia, com inflação de 7%.
A Situação do Brasil
No Brasil, o consenso espera crescimento de 0,9% e inflação de 5%, mas o novo presidente, Lula, anunciou sua intenção de mudar a regra sobre o teto de gastos do governo. Isso foi algo que gerou preocupação dos investidores em relação ao risco de uma crise econômica semelhante à que ocorreu com a presidente Dilma Rousseff. O que está acontecendo hoje é a reação do mercado: desde a posse de Lula a Bolsa já caiu para abaixo de 105 mil pontos, e o dólar chegou quase ao valor de R$5,50.
A ascensão do populismo na América Latina é resultado tanto de políticas liberais fracassadas quanto de políticas intervencionistas, e os investidores globais veem o potencial da região como um grande mercado emergente, mas precisam de mais certezas políticas e econômicas para investir.
A Política Econômica do Atual Governo
O “milagre econômico” do primeiro governo Lula, de 2003 a 2010, foi caracterizado por um forte crescimento econômico, com o PIB brasileiro crescendo mais de 7% ao ano em alguns períodos. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo aumento dos preços das commodities, como petróleo e minério de ferro, que representam uma parte significativa das exportações do Brasil. O que possibilitou a Lula implementar medidas de aumento de gastos públicos, bem como expansão e facilitação de crédito para o público geral, medidas um tanto semelhantes às que ele deseja implementar agora.
No entanto, após o fim do primeiro mandato de Lula, o país começou a enfrentar alguns problemas econômicos, como o aumento da inflação e o aumento da dívida pública. Esses problemas foram agravados pelo fim da bonança das commodities e pelo aumento dos gastos públicos durante o governo da presidente Dilma Rousseff, que levou o país a uma grave crise econômica.
Em 2015, o país enfrentou uma recessão profunda, com o PIB caindo 3,8% e a inflação atingindo recordes. A crise econômica foi agravada pela crise política enfrentada pelo governo de Dilma Rousseff, que foi afastada do cargo em 2016.
Previsões para a América do Sul e Brasil
Segundo as palavras do economista americano Daniel Lacalle, as previsões para a América do Sul e para a América Latina em geral são de “fraco crescimento, inflação persistente, e muitos déficits gêmeos”. Em seu artigo Latin America’s Descent into Interventionism Continues, ele realiza uma análise mais extensiva da atual situação da América Latina.
Alternativas para minimizar os danos econômicos
A América do Sul hoje enfrenta uma série de desafios econômicos, incluindo o crescimento fraco, a inflação elevada e o enfraquecimento do investimento. A ascensão de governos populistas na região também tem aumentado as preocupações com a segurança dos investidores.
Assim, políticas econômicas irresponsáveis inevitavelmente danificarão as condições materiais da população de um país. As camadas populares são as que mais sofrem com a inflação e com os pesados impostos em cima daqueles que, para produzir, empregam; muitos dos quais no Brasil fazem parte também das camadas populares.
O Bitcoin pode servir amplamente muito bem, analogamente ao ouro, como uma reserva de valor segura. Isso especialmente em tempos de crise econômica, em países cuja moeda local está desvalorizada, o mesmo já ocorre e ocorreu na Venezuela e em países como El Salvador.
Quando uma crise econômica ocorre em um país, muitas vezes há uma queda na confiança na moeda local, o que pode levar à desvalorização da moeda e a uma inflação elevada. Isso pode tornar difícil para as pessoas protegerem seu poder de compra e seus ativos. Nesse cenário, muitas pessoas buscam proteger seu dinheiro investindo em moedas fortes, como o Bitcoin.
Além do mais, o Bitcoin, sendo um meio descentralizado de trocas e, além de peer-to-peer, ser até certo ponto privado e, acima de tudo, escasso, ele protege os portadores de Bitcoin da inflação própria das moedas fiduciárias.