(e onde Bitcoin e Criptomoedas entram na estória)
Os termos “web” seguido de um número indicam as eras da internet. Como se deve esperar, a internet não se chamava de “web 1” quando ela surgiu. Esta tecnologia que viria a mudar a vida humana para sempre se tornou a convergência de todos os meios de comunicação de massa existentes até o momento, com a adição de poderem ser realizados com o mínimo esforço possível. Comunicação de massa, produzida por um único indivíduo dentro de casa, com um equipamento que cabe em um bolso. O que vem depois disso?
Web 1.0 – A primeira fase – A Web Estática
A década de 90 traz a evolução das mídias. Para quem lembrar, o pacote que vinha com uma placa de som, duas caixas de som e um tocador de CD, que permitia que sons e imagem de qualidade saíssem do seu computador, tinha o nome de “kit multimídia”. Os computadores deixavam de ser algo mais técnico para algo mais visual e acessível ao público em geral.
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A adição de “modems” – dispositivos que permitiam conexão entre computadores usando, na ocasião, a rede de telefone – permitia agora, a estes usuários domésticos, avançar sua “multimídia” para algo que se assemelhava a um telefone com texto. E com o avanço contínuo dos equipamentos mencionados anteriormente, este computador de casa agora convergia em si a TV, o aparelho de som, o telefone, e biblioteca. Todos já devem ter visto a clássica entrevista de Bill Gates em 1995, então CEO da Microsoft, explicando a internet ao David Letterman, que ainda não via importância do que testemunhava.
É por situações como esta que as pessoas passaram correr atrás de adivinhar qual a próxima era. Ninguém quer ser o próximo “Letterman”.
Web 2 – Feita pelo usuário – A Web Dinâmica
O novo século viu a chegada do que se chama hoje a “Web 2.0”. Agora o próprio usuário lia conteúdo criado por outros usuários. E todos somados produziam as “redes sociais”. O que começa como uma divertida forma de conhecer outras pessoas com os mesmos interesses se torna um meio de vida. Os agora “produtores de conteúdo” substituíam os jornais, os noticiários. Artistas e profissionais do entretenimento agora produzem e publicam das suas casas. A internet se torna a principal forma de difusão de informação, englobando e reduzindo a TV, o rádio, a mídia impressa.
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E é aí onde estamos.
Mas, novamente, ninguém quer ser o último a perceber que o trem saiu e ele ficou. Por isso temos este “mapeamento” da evolução deste novo meio fazer comunicação e estar a frente na próxima era. E estas são as projeções que se imaginam, e se comentam, do futuro.
E como ninguém tem bola de cristal, não há um consenso. Alguns dirão que nem sequer estamos diante de uma nova era. Ainda estaríamos na Web 2
Web3 – A internet dos tokens – e das bolhas
Na visão mais ligada ao termo “Web3”, o Bitcoin é o ponto de partida. É a criptografia aplicada para ser usada na palma da mão do usuário. Afinal, não teria como ter uma rede de pagamentos ponto-a-ponto sem dispositivos móveis e portáteis.
Mais que simplesmente um aplicativo, o Bitcoin se tornou uma comunidade. Alguns diriam uma doutrina, até mesmo um dogma. Certamente, é uma comunidade de pessoas que partilham de uma série de valores, sendo o principal o interesse de ver a rede funcionar bem, se manter confiável. Independente da boa ou má intenção dos integrantes desta rede. E o software cuida para que isso se mantenha possível.
E inspirados no Bitcoin se criou todo o universo de pequenas redes em outras moedas – Criptomoedas. Algumas muito sonhadoras, outras pouco confiáveis, e ainda aquelas de pura má-fé. Todas são redes que possuem moedas, também chamadas de “tokens”, que unem pessoas em torno de conteúdos específicos.
Nesta visão de futuro compartilhada por cripto-entusiastas ao redor do globo, a tecnologia blockchain tem um papel central na verificação de autenticidade dos movimentos destas redes. Como isso se dá, na prática, ainda está para ser demonstrado. Mas muito progresso tem ocorrido nestas empresas, nestas “blockchains”, que nos mostram que há algo real em desenvolvimento.
Decentralização e soberania do indivíduo sobre sua pegada digital são conceitos-chave aqui. A ideia é uma experiência na rede mundial de computadores com o mínimo de dependência dasBigtechs como Amazon, Facebook, Google, Microsoft, etc
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Web 3.0 – A Web Semântica – Tim Berners-Lee e Solid
O chamado “inventor da internet”, o professor Tim Berners-Lee já dava o direcionamento do que deveria ser o futuro da internet no começo dos anos 2000, com o que foi batizado de “web semântica”. Seria uma internet onde toda a informação criada por usuários na rede seria o que chamam de “machine-readable”. Traduzindo, toda a informação que os usuários sobem na rede seria qualificada, descrita, e colocada a entendimento tanto de interpretadores computadorizados como por pessoas.
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Neste esforço, Berners-Lee criou a Solid – Acrônimo de Social Linked Data, ou Informações Ligadas Socialmente – que segundo ele, tem como objetivo “mudar radicalmente a maneira como os aplicativos da Web funcionam hoje, resultando em verdadeira propriedade dos dados, bem como em privacidade aprimorada.”
Neste ponto os objetivos convertem: Decentralização, privacidade, controle – por parte do usuário e não pelas Bigtechs – de geração e manutenção dos dados da rede mundial.
O curioso é que Tim Berners-Lee discorda do papel das blockchains neste processo. Segundo ele os “caras do Ethereum” se apropriaram do nome. Para ele, a versão web3 “não é sequer a rede”.
E Ainda temos a Web5, do fundador do Twitter, Jack Dorsey, mas você ainda não está preparado para esta conversa.
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Jack Dorsay’s web5
O que diz o ChatGPT
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O que é a Web3?
“Web 3.0, também conhecida como web descentralizada, é um termo que se refere à próxima geração da World Wide Web. Enquanto a primeira geração da web (Web 1.0) era focada principalmente em fornecer conteúdo estático aos usuários e a segunda geração (Web 2.0) enfatizava o conteúdo gerado pelo usuário, redes sociais e interatividade, a Web 3.0 é focada em descentralização, protocolos abertos e interações peer-to-peer.
A Web 3.0 vislumbra um mundo onde os usuários podem acessar e compartilhar dados sem depender de intermediários centralizados. Isso é possibilitado pelo uso de tecnologias descentralizadas como blockchain, que permite interações peer-to-peer seguras e transparentes, e sistemas de armazenamento descentralizados, que permitem aos usuários armazenar e compartilhar dados de maneira distribuída e criptografada.
Algumas das principais características da Web 3.0 incluem:
- Protocolos e plataformas descentralizadas que permitem interações peer-to-peer seguras e diretas.
- Maior controle sobre dados pessoais, com os usuários tendo a capacidade de compartilhar dados em seus próprios termos e revogar o acesso a qualquer momento.
- Contratos inteligentes que podem automatizar transações complexas e permitir novos modelos de negócios.
- Armazenamento descentralizado e redes de entrega de conteúdo que podem aumentar a privacidade e segurança dos dados.
A Web 3.0 ainda é um conceito relativamente novo e há muitos desenvolvimentos em andamento nesse campo. No entanto, ela tem o potencial de transformar a forma como interagimos entre nós e com a própria internet.
Qual a diferença entre web3 e web3.0?
“Web3” e “Web 3.0” geralmente se referem à mesma coisa, que é a próxima geração da World Wide Web que é baseada em tecnologias descentralizadas. Ambos os termos são usados para descrever a transição da Web atual, que é baseada em servidores centralizados, para uma Web mais descentralizada e baseada em protocolos abertos.
Algumas vezes o termo “Web3” é usado de maneira mais ampla, para se referir a tecnologias e aplicações que vão além da Web e que permitem interações descentralizadas. Por exemplo, “Web3” pode incluir outras tecnologias como blockchain, criptomoedas e sistemas de armazenamento descentralizado.
No geral, “Web 3.0” é mais comumente usado para descrever a próxima geração da World Wide Web, enquanto “Web3” pode ser usado de maneira mais ampla para se referir a tecnologias e aplicações que permitem interações descentralizadas. No entanto, os dois termos são frequentemente usados indistintamente e podem ser considerados sinônimos.