O desenvolvedor de software africano Kgothatso Ngako criou uma nova solução chamada Machankura que permite aos cidadãos fazer transações peer-to-peer com Bitcoin sem internet. A tecnologia funciona por meio de uma interface de dados de serviço suplementar não estruturados, que utiliza a rede de telecomunicações do módulo de identidade do assinante dos telefones celulares para fornecer acesso à Lightning Network. Esta solução inovadora foi adotada por aproximadamente 3.000 usuários na Nigéria, Quênia, Gana, Uganda e Namíbia.
Este novo software oferece grande potencial para os que buscam atingir os 2,9 bilhões de pessoas em todo o mundo que não têm acesso confiável à Internet, de acordo com a União Internacional de Telecomunicações.
Além disso, a criptomoeda e ainda mais o uso do Bitcoin sem internet pode trazer benefícios financeiros significativos para a África devido às suas relativas baixas taxas de transação e alta segurança. Fornece um meio de armazenar riqueza e obter crédito, o que pode incentivar os africanos a poupar e investir. Também pode ajudar a reduzir o custo das transferências monetárias internacionais, tornando mais fácil para os africanos que vivem no exterior enviar dinheiro para suas famílias e vice-versa.
Embora Machankura ainda esteja nos estágios iniciais, ela oferece uma carteira bitcoin compatível com a Lightning, que permite aos usuários enviar fundos usando um nome de usuário, número de telefone ou endereço Lightning. Se aprovado, o usuário receberá uma mensagem na tela explicando o sucesso do pagamento e mostrando o endereço Lightning que recebeu os fundos. Embora ainda haja trabalho a ser feito para fornecer acesso em áreas rurais e subdesenvolvidas, Machankura é um grande começo para resolver o problema de acesso à Internet na África.
Os cidadãos africanos devem considerar o bitcoin em seu contexto e como ele pode resolver seus desafios únicos, disse Femi Longe, diretor de programa da iniciativa educacional Qala Africa, à Forbes. O sucesso de Machankura demonstra o potencial da tecnologia para melhorar o acesso financeiro dos africanos.
Segundo usuários do twitter, o sucesso da tecnologia na África também deveria ser compartilhado com outros países do Caribe, Pacífico, América Latina e outros países africanos.
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