Os crimes cibernéticos representam uma ameaça crescente, afetando pessoas, empresas e governos globalmente. O Brasil não é exceção e tem enfrentado um aumento alarmante desses crimes, tornando-se um desafio significativo para a segurança digital e para a sociedade em geral.
Nos últimos anos, o Brasil tem sido alvo de um aumento notável nos crimes cibernéticos. Esse crescimento pode ser atribuído a diversos fatores, incluindo o aumento da conectividade à internet, a disseminação de dispositivos móveis e a crescente digitalização de serviços. Relatórios recentes indicam que o Brasil destaca-se na América Latina em relação a ataques cibernéticos, ocupando uma posição proeminente entre os países mais afetados por golpes online.
Jeyzel W Credidio, advogado de Direito Penal, Processo Penal e Direito Militar, afirma que, devido a várias razões, os crimes cibernéticos são altamente lucrativos.
“Em primeiro lugar, o ambiente digital oferece um alto grau de anonimato aos criminosos, permitindo que operem sem serem facilmente rastreados, o que cria uma sensação de impunidade. Além disso, o Brasil possui uma economia digital em expansão, o que significa que muitas transações financeiras e trocas de informações pessoais ocorrem online, criando diversas oportunidades para os criminosos explorarem vulnerabilidades.” Afirmou o advogado.
O advogado comenta que outro fator que contribui para a lucratividade desses crimes é a existência de um mercado negro online, onde informações roubadas, dados pessoais e ferramentas de hacking são comercializadas. Esse mercado clandestino facilita a monetização dos ataques e incentiva a proliferação dos crimes cibernéticos.
Os crimes cibernéticos têm raízes nas primeiras redes de computadores e evoluíram com o avanço da tecnologia. Inicialmente, os ataques eram motivados principalmente pela curiosidade, com hackers explorando sistemas por diversão ou reconhecimento. Com o tempo, os objetivos mudaram e os ataques passaram a ter fins financeiros, políticos e até mesmo, de espionagem.
Em Território Nacional, os primeiros casos notáveis de crimes cibernéticos envolviam a clonagem de cartões de crédito e fraudes bancárias online. À medida que a tecnologia avançava, os criminosos adotaram técnicas mais sofisticadas, como phishing e ataques de engenharia social, explorando a confiança e a ingenuidade das vítimas para obter informações confidenciais ou acesso não autorizado a sistemas.
Jeyzel destaca os idosos, que frequentemente se tornam alvos de golpes digitais por diversos fatores. Muitos deles têm menos familiaridade com a tecnologia, tornando-os mais suscetíveis a cair em armadilhas online. Além disso, eles podem ser alvos atraentes para criminosos, pois podem ter uma reserva financeira significativa acumulada ao longo dos anos.
Entre os golpes mais comuns contra idosos estão o golpe do empréstimo consignado, o golpe da falsa central de atendimento e o golpe da validação de dados. Para evitá-los, é fundamental que os idosos desconfiem de solicitações de informações pessoais, verifiquem a autenticidade das fontes e utilizem senhas fortes e únicas para cada conta.
O phishing é uma técnica amplamente utilizada por criminosos cibernéticos para obter informações pessoais fingindo ser uma entidade confiável.
“O cuidado deve ser redobrado ao receber e-mails ou mensagens suspeitas que solicitam atualizações de informações pessoais, especialmente senhas e números de cartões de crédito. Sempre verifique a autenticidade das fontes antes de compartilhar qualquer dado.” Continua o Advogado.
Se um idoso perceber que caiu em um golpe financeiro na internet, é essencial agir rapidamente para minimizar os danos. A primeira medida é entrar em contato com o banco ou instituição financeira para relatar o ocorrido e bloquear qualquer acesso não autorizado. Em seguida, é recomendado registrar um boletim de ocorrência na delegacia de polícia e buscar auxílio de órgãos de proteção ao consumidor, como o Procon. Se necessário, é possível solicitar a orientação legal de um advogado especializado em Direito Digital e Cibersegurança pode ser buscada para tomar medidas jurídicas.
Para ampliar a segurança cibernética dos idosos, é importante que estejam sempre atualizados sobre as ameaças digitais mais recentes, mantenham o software atualizado, evitem redes Wi-Fi públicas para transações financeiras e busquem orientação e suporte quando necessário.
“A proteção contra golpes digitais é uma responsabilidade coletiva, especialmente quando se trata de proteger os idosos. É essencial investir em conscientização e educação sobre segurança cibernética, além de implementar medidas de proteção e políticas públicas eficazes.” Finaliza Jeyzel.
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