O crescimento da maioria das economias altamente desenvolvidas diminuiu desde a viragem do século devido a um nível já elevado de desempenho económico.
No entanto, como relata Florian Zandt, do Statista , dois países que estão agora entre as nações com o produto interno bruto mais elevado a nível mundial continuaram a ascender na hierarquia: a Índia e a China.
Embora se projete que o primeiro ainda apresente um crescimento real significativo do PIB nos próximos anos, estima-se que a recuperação económica do segundo desacelere consideravelmente, de acordo com as mais recentes Perspetivas Económicas Mundiais do FMI, de outubro de 2023.
A República Popular teria apresentado um crescimento real do PIB de 5,2 por cento em 2023 , 0,2 por cento acima da meta.
Um relatório recente da Reuters ainda propôs uma perspectiva sombria com um “aprofundamento da crise imobiliária, riscos deflacionários crescentes e uma procura morna lançando uma sombra sobre as perspectivas para este ano”.
Com a população do país a diminuir novamente no ano passado, depois de 2022 ter visto a primeira diminuição líquida em seis décadas e as taxas de juro provavelmente não serem reduzidas em breve, os especialistas estão unidos em sugerir que apenas uma ampla gama de estímulos poderia ajudar a economia do país a sair da sua crise em curso. A falta desses estímulos levou o FMI a projetar que o crescimento real do PIB da China caísse abaixo dos quatro por cento a partir de 2027.
Por outro lado, prevê-se que a Índia registe um crescimento constante de cerca de 6,3% durante os próximos cinco anos.
O banco central do país reviu recentemente a sua previsão de crescimento para o ano fiscal de 2023/2024, que termina em 31 de março, para 7,3 por cento. Se esta tendência continuar, a S&P Global estima que o país se tornará a terceira maior economia do mundo até 2030.
Contudo , este novo sucesso económico não é partilhado igualmente entre os indianos .
Num artigo de opinião para a Nikkei Asia publicado em Dezembro de 2023 , o economista empresarial e chefe da Indonomics Consulting Ritesh Kumar Singh ilustrou como as grandes empresas prosperam devido a benefícios, cortes de impostos e um fraco controlo da concorrência. Entretanto, as pequenas empresas estão cada vez mais enredadas numa rede burocrática cada vez mais restritiva e as famílias estão sujeitas a uma pressão económica cada vez maior ligada ao aumento dos impostos que financiam esses benefícios.
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