A tecnologia dos dispositivos vestíveis, também conhecidos como wearables, avança a passos largos. Entre as novidades, os anéis inteligentes se destacam como uma revolução em potencial na forma de realizar pagamentos. Recém-lançado pela Samsung, o smart ring com tecnologia NFC integrado ao Samsung Pay promete transformar um gesto simples – aproximar o dedo da maquininha – em uma transação financeira rápida e eficiente.
No entanto, essa inovação não se limita aos anéis inteligentes. Hoje, é tecnicamente viável transformar quase qualquer objeto em um meio de pagamento. Graças aos chips de última geração e à tokenização, um novo universo de possibilidades está disponível para bancos e emissores de cartões, com custos acessíveis e aplicação prática para consumidores.
Como funcionam os chips vestíveis?
Os chips modernos utilizados em wearables funcionam de forma similar aos encontrados nos cartões de crédito com pagamento por aproximação. Entretanto, são ainda mais finos e flexíveis, podendo ser incorporados a objetos variados, como roupas, acessórios e até unhas postiças.
O processo de tokenização é o que possibilita a segurança e a praticidade dessas transações. Por meio de um software, os números de um cartão de crédito são transformados em códigos digitais únicos e vinculados a um chip. Com isso, o consumidor pode usar o objeto “chipado” como uma alternativa moderna e funcional ao cartão físico.
Inovações em pagamentos vestíveis
As possibilidades são vastas. Imagine pagar suas compras utilizando o escudo da camisa do seu time dentro do estádio, ou simplesmente aproximando a chave do carro na maquininha do supermercado. Exemplos de wearables inovadores incluem:
- Pulseiras e braceletes com chip: Marcas como Polar e Paycelet já oferecem soluções integradas para pagamentos em dispositivos vestíveis.
- Anéis e chaveiros inteligentes: Empresas como Tapster criaram alternativas elegantes e práticas para pagamentos do dia a dia.
A Polar, por exemplo, introduziu pulseiras para relógios esportivos, permitindo que pagamentos sejam realizados mesmo quando a bateria do dispositivo está descarregada.
Desafios para o mercado brasileiro
Embora essas tecnologias estejam amplamente disponíveis no exterior, no Brasil, sua disseminação ainda é limitada. Isso ocorre porque a implementação depende da adesão dos bancos e emissores de cartões, que precisam oferecer essas soluções aos consumidores.
Por outro lado, a popularidade crescente de dispositivos como os smart rings da Samsung é um indicador de que, em breve, veremos mais iniciativas nesse sentido. A expectativa é que o pagamento por wearables se torne tão comum quanto o uso de cartões de crédito.
O futuro dos pagamentos vestíveis
Com o avanço da tecnologia e o aumento da adesão por parte de empresas e consumidores, o uso de wearables para pagamentos promete revolucionar o mercado financeiro. A experiência de compras será cada vez mais ágil, prática e segura.
Assim, gestos simples, como aproximar um dedo ou uma pulseira, podem substituir definitivamente métodos tradicionais de pagamento. Afinal, a revolução dos pagamentos vestíveis está apenas começando.
Mauro Tozzi é Head Global de Vendas da HST Card Technology, especializada em soluções de segurança para o ecossistema de pagamentos.
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