Por Marilyn Hahn, CRO e Cofundadora do Bankly
Stablecoins, ou “moedas estáveis”, têm se destacado como uma solução promissora no universo das criptomoedas. Além de serem responsáveis por mais de 50% do volume transacionado nos EUA, essas moedas digitais oferecem estabilidade, eficiência e novas possibilidades de uso, o que as torna um dos ativos digitais mais promissores.
A Ascensão das Stablecoins
Nos últimos anos, a adoção de stablecoins cresceu em ritmo acelerado, alcançando taxas de mais de 50% ao ano. Dados recentes mostram que, até outubro de 2024, o mercado movimentou impressionantes US$ 161,37 bilhões, liderado por empresas como Tether (US$ 119,19 bilhões) e Circle (US$ 31,73 bilhões).
As stablecoins se destacam por manter seu valor atrelado a ativos como o dólar, ouro ou outros instrumentos financeiros, oferecendo uma alternativa confiável à volatilidade característica das criptomoedas tradicionais. Inicialmente populares no setor de finanças descentralizadas (DeFi), seu uso se expandiu para casos como ajuda humanitária, remessas internacionais e investimentos.
Por Que Usar Stablecoins?
O diferencial das stablecoins vai além da estabilidade de valor. Três fatores principais explicam sua crescente popularidade:
- Proteção Contra Inflação:
Para milhões de pessoas, especialmente em países como a Argentina, onde a inflação é elevada, as stablecoins oferecem acesso a ativos mais estáveis, protegendo o poder de compra. - Custos de Transação Reduzidos:
Comparadas a soluções tradicionais, como a Western Union, que cobra até 30% por transação, as stablecoins possibilitam remessas instantâneas e quase gratuitas. - Potencial de Rentabilidade:
Além do uso transacional, as stablecoins também podem servir como investimento. Um exemplo é o envio de stablecoins por um trabalhador nos EUA para um parente em outro país, que pode utilizá-las como poupança ou investimento.
Casos de Uso Reais
Um exemplo marcante foi promovido pela ONU, que utilizou a stablecoin USDC para distribuir assistência a refugiados ucranianos por meio da carteira digital Stellar. Os beneficiários podiam converter os fundos em moeda local ou retirá-los em unidades da MoneyGram ao redor do mundo, demonstrando o potencial transformador dessas moedas em cenários humanitários.
O Desafio da Regulação
Embora as stablecoins estejam crescendo rapidamente, sua regulação ainda é um desafio. Diversos países já avançaram nesse sentido:
- União Europeia: Regulamentação ampla pelo MICA, que abrange criptomoedas e NFTs.
- Japão e Emirados Árabes: Foco específico em stablecoins atreladas a moedas fiduciárias.
- Estados Unidos: Discussão sobre a Lummis-Gillibrand Payment Stablecoin Art, prevendo emissão tanto por bancos quanto por instituições não bancárias registradas.
- Brasil: O Banco Central foi definido como regulador pelo Marco Legal das Criptomoedas, com consultas públicas sobre temas como segregação patrimonial e requisitos para emissores de stablecoins.
Regulações claras são essenciais para fortalecer a confiança no mercado, fomentar inovações e ampliar a adoção global.
Conclusão
As stablecoins têm o potencial de transformar a maneira como interagimos com dinheiro e serviços financeiros. Com regulações adequadas e casos de uso em expansão, elas podem impulsionar o avanço tecnológico e promover maior inclusão financeira em escala global.
Marilyn Hahn é CRO e cofundadora do Bankly. Para mais informações, visite Bankly.
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