A volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos tem gerado incertezas para a economia global e, consequentemente, para o Brasil. As políticas protecionistas e restrições à imigração promovidas pelo novo governo americano podem trazer impactos significativos para diversos setores da economia brasileira.
Impactos econômicos e desafios comerciais
Segundo o professor Ahmed El Khatib, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FECAP, as tarifas sobre produtos brasileiros, como aço e commodities do agronegócio, podem dificultar o acesso ao mercado americano. “Trump tem adotado medidas agressivas nesse sentido, o que pode prejudicar economias como a do Brasil, afetando setores estratégicos”, destaca El Khatib.
A relação comercial entre os dois países também pode ser impactada por uma postura mais nacionalista do governo americano. O Brasil precisará buscar alternativas para manter a estabilidade econômica e minimizar os efeitos negativos da agenda protecionista dos EUA. Além disso, a incerteza sobre políticas fiscais pode levar empresas americanas a adiarem investimentos, restringindo o fluxo de capitais para mercados emergentes.
Política imigratória e impactos sociais
Outro fator relevante é a política imigratória adotada pelo novo governo. Com uma postura mais rígida, os Estados Unidos intensificaram a fiscalização e deportação de imigrantes ilegais, incluindo milhares de brasileiros que vivem sem documentos no país. “A promessa de deportações em massa pode gerar impactos negativos tanto na vida dessas pessoas quanto na economia brasileira, já que as remessas enviadas por imigrantes representam uma importante fonte de renda para diversas regiões do Brasil”, alerta El Khatib.
Na Europa, políticas antimigratórias também vêm sendo reforçadas, como mostra a recente aprovação de uma diretiva do Parlamento Europeu que permite a detenção de estrangeiros irregulares por até seis meses, prorrogáveis por mais doze meses. O advogado internacional Eduardo Maurício destaca que essa criminalização da imigração ilegal, conhecida como “crimmigration”, tem levado ao aumento das tensões diplomáticas entre países, incluindo Brasil e Estados Unidos.
Questões ambientais e repercussões diplomáticas
A retirada dos EUA do Acordo de Paris também pode impactar investimentos em energias renováveis e produtos sustentáveis, dificultando a competitividade das empresas brasileiras no cenário internacional. Além disso, a postura de Trump em relação à imigração tem levado o Brasil a reforçar seu compromisso com os direitos humanos, mantendo sua política de não apoiar deportações coletivas ou práticas que violem tratados internacionais.
Oportunidades e caminhos para o Brasil
Apesar dos desafios, o Brasil pode se beneficiar caso saiba reposicionar sua economia. A diversificação de parcerias comerciais e o fortalecimento do mercado interno são estratégias fundamentais para reduzir a dependência dos Estados Unidos. Além disso, há espaço para ampliar negociações com blocos econômicos como a União Europeia e a Ásia, buscando novas oportunidades para exportações.
Os próximos anos serão cruciais para o Brasil no cenário internacional, exigindo estratégias políticas e econômicas para enfrentar as consequências do novo governo americano e garantir um crescimento sustentável frente às mudanças no comércio global e na geopolítica mundial.
Sobre a FECAP
A Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) é referência nacional em Educação na área de negócios desde 1902. A Instituição oferece formação de alta qualidade no Ensino Médio (técnico, pleno e bilíngue), Graduação, Pós-graduação, MBA, Mestrado, Extensão e cursos corporativos e livres. Diversos indicadores de desempenho comprovam a qualidade do ensino da FECAP: nota 5 (máxima) no ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) e no Guia da Faculdade Estadão Quero Educação 2021, e o reconhecimento como melhor centro universitário do Estado de São Paulo segundo o Índice Geral de Cursos (IGC), do Ministério da Educação. No âmbito nacional, considerando todos os tipos de Instituições de Ensino Superior do País, a FECAP está entre 5,7% de IES cadastradas no MEC com nota máxima.

O especialista: ?Ahmed Sameer El Khatib é Doutor em Finanças e Doutor em Educação, Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais, graduado em Ciências Contábeis, Pós-doutor em Contabilidade e Pós-doutor em Administração. É graduando e doutorando em Psicologia Clínica. É professor e coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) e professor adjunto de finanças da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
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