Pedro Xavier, CEO da Mannah, especializado em tecnologia blockchain, explica como a tecnologia pode trazer mais transparência nas ações de sustentabilidade das empresas
Na semana do meio ambiente, que acontece na primeira semana de junho, é importante ressaltar como as ações corporativas podem ajudar na contenção dos impactos climáticos. Surgindo como uma ferramenta promissora dentro de várias soluções que estão despontando, a tokenização de créditos de carbono pode ser uma forma de acelerar uma transição sustentável com segurança.
Utilizando a tecnologia blockchain para transformar créditos de carbono tradicionais em ativos digitais rastreáveis, essa inovação não apenas amplia o acesso ao mercado voluntário de carbono, mas também reforça a integridade e a confiança nas compensações ambientais, dois gargalos do setor.
Os créditos são gerados a cada tonelada de CO? evitada ou removida da atmosfera. Eles são transformados em um token digital com registro imutável e público e podem ir para plataformas que fazem a negociação desses ativos. O CEO da Mannah, especializado em Blockchain que realiza a tokenização de carbono, Pedro Xavier, diz que este modelo traz mais transparência para a empresa.
“As empresas fornecem acesso a ferramentas de compensação por meio de tokens, que podem ser negociados de forma ágil em plataformas descentralizadas, trazendo mais liquidez, transparência e escalabilidade. É uma excelente oportunidade de reafirmar o compromisso com o meio ambiente e conseguir criar projetos sustentáveis ??que consigam financiamento mais rapidamente”, afirma Xavier.
Além da tokenização ser uma grande inovação tecnológica, é também uma oportunidade estratégica. Em um cenário no qual consumidores, investidores e reguladores excluem compromissos climáticos mais sólidos, ferramentas como essas digitais permitem que as corporações adotem posturas mais robustas e confiáveis ??de neutralização de carbono, trazendo alterações adicionais ao projeto adotado.
A conversão de ações ambientais em tokens facilita o rastreamento das ações desde a origem do projeto, como um programa de reflorestamento na Amazônia ou uma fazenda solar no Cerrado, até sua retirada de circulação, o que garante que uma mesma tonelada de carbono não seja compensada mais de uma vez, um problema comum em mercados mal regulamentados. Além disso, a tokenização favorece a inclusão de pequenos negócios.
“Esta tecnologia impede a duplicação de compensação e também consegue incluir pequenos projetos sustentáveis, muitas vezes localizados em áreas remotas e com dificuldades de acesso ao mercado global de carbono. Com a tokenização, eles podem digitalizar seus créditos e oferecê-los diretamente a compradores internacionais. Há um duplo benefício, a democratização do mercado e canal direto de financiamento climático para comunidades vulneráveis. Todos saem ganhando”, explica o CEO da Mannah.
Para as empresas, a adesão a esse sistema pode trazer uma melhoria na contribuição, contribuições mais assertivas nas metas ESG e também vantagem competitiva. Grandes marcas já começaram a integrar tokens de carbono a seus relatórios de sustentabilidade, comprovando que estão participando em ações de compensação de carbono. Num futuro próximo, essa pode se tornar uma prática aplicada por investidores institucionais e agências de rating.
Entretanto, há ausência de regulação específica e falta de padronização entre os diferentes tokens e ações desativadas com cuidado. É fundamental que as empresas escolham projetos com certificação reconhecida e que operem com parceiros confiáveis, que garantam a conexão entre o crédito ambiental real e o ativo digital correspondente. A integração com plataformas auditáveis ??e com governança descentralizada pode mitigar riscos e aumentar a legitimidade.
“A tokenização de carbono não resolve, por si só, a crise climática, mas representa um salto de eficiência e transparência em um dos instrumentos mais importantes da agenda de descarbonização global. Em um ambiente de negócios que exige ação e prestação de contas, a inovação com responsabilidade pode ser o diferencial entre estar à frente ou atrás da curva de sustentabilidade. Empresas que aderem a sistemas seguros fortalecem sua posição de comprometimento com o meio ambiente e a mitigação do avanço do aquecimento global”, conclui Xavier.
Saiba mais sobre a Mannah: Fundada por Pedro Xavier e Christian Aranha, a Mannah é uma startup especializada em tecnologia Blockchain. A empresa tem como objetivo descomplicar o blockchain e mostrar ao mercado que ele vai além das criptomoedas – o ativo mais conhecido dos brasileiros – e democratizar o acesso a esta tecnologia, que tem potencial para transformar o mercado financeiro. A Mannah viabilizou, em parceria com a Hathor e a Acura, a tokenização de R$ 1 bilhão em precatórios, tornando o maior RWA (ativos do mundo real) tokenizado na América Latina. Saiba mais em: Link
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