Sara Paixão, Analista da Macroeconomia da InvestSmart XP
O Governo Federal liberou R$ 20,6 bilhões dos R$ 31,3 bilhões das despesas que foram contidas no segundo bimestre. Com isso, a contenção cai para R$ 10,7 bilhões. A redução no contingenciamento já era esperada pelo mercado, mas a pauta fiscal segue sendo um entrave para os ativos brasileiros, especialmente os ajustes pautados no aumento de receita, sem uma revisão satisfatórias nas despesas.
Essa revisão aconteceu, principalmente, pela alteração na projeção de receitas oriundas de exploração de recursos naturais, que aumentou em R$ 17,9 bilhões, sendo a maior parte proveniente da expectativa de receita de leilão de áreas adjacentes do pré-sal, que antecipa a produção futura dos campos.
Em relação ao IOF, a decisão do Supremo Tribunal Federal de manter o decreto 12.499, trouxe maior alívio para o Governo, apesar da diferença de – R$ 10,2 bilhões em relação a expectativa de arrecadação do relatório anterior, em função das mudanças que aconteceram nas primeiras versões do decreto (12.466 e 12.467) e pela exceção do risco sacado.
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