A Tether, emissora da stablecoin USDT, alcançou um feito inédito ao se tornar o 18º maior detentor de títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Com US$ 127 bilhões em ativos, a empresa superou países como a Coreia do Sul e ocupa hoje uma posição de destaque no mercado financeiro global. Esse movimento não apenas reforça a solidez do USDT, mas também evidencia o crescimento expressivo da demanda por stablecoins em 2025.
Crescimento expressivo e confiança renovada
No primeiro semestre de 2025, a Tether ampliou sua emissão em impressionantes US$ 26 bilhões, elevando o valor total de mercado do USDT para US$ 163,6 bilhões. Esse aumento representa um salto de 19% desde o início do ano, indicando que a busca por ativos digitais lastreados em dólar só cresce. Além disso, a companhia revelou um incremento de US$ 7 bilhões em seus títulos do Tesouro no segundo trimestre, refletindo a estratégia de manter reservas robustas e diversificadas.
Paolo Ardoino, CEO da Tether, comentou recentemente: “O mercado está nos dando um voto de confiança. O segundo trimestre de 2025 reafirma que a confiança na Tether está acelerando.” De fato, a enorme carteira de títulos do Tesouro funciona como um pilar que sustenta a estabilidade e credibilidade do USDT, essencial para investidores institucionais e usuários do mercado cripto.
Um papel inédito para uma empresa privada
Com essa posição, a Tether detém mais dívida do governo americano que economias desenvolvidas como Noruega, Índia e Brasil. Tal cenário é incomum para uma empresa privada, principalmente do universo digital. A exposição expressiva em ativos seguros, como os títulos do Tesouro, ajuda a reforçar o lastro da stablecoin, afastando dúvidas sobre sua solidez.
Esse movimento também traz reflexos no mercado regulatório. Com o avanço do GENIUS Act, legislação americana que regula stablecoins, a Tether se posiciona de forma a atender às exigências e garantir transparência nas suas reservas. Assim, a empresa se prepara para um futuro onde as stablecoins devem ganhar ainda mais espaço em pagamentos, transferências e aplicações financeiras globais.
O crescimento da Tether em 2025 confirma a consolidação das stablecoins como pilares do ecossistema cripto. O aumento nas reservas em títulos do Tesouro, aliado ao crescimento da emissão, mostra que o mercado confia cada vez mais no USDT. Porém, o cenário futuro depende do equilíbrio entre expansão e regulação. Será que outras emissoras de stablecoins conseguirão acompanhar essa trajetória? E como o mercado tradicional responderá a essa presença inédita? Fica o convite à reflexão sobre o papel das stablecoins no sistema financeiro global.
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