*Assinado por Rony Szuster, head de research do MB | Mercado Bitcoin
Ativos recomendados: BTC, HYPE, SOL, PENDLE e ONDO
BTC: A escassez do Bitcoin, combinada à crescente demanda, cria um cenário favorável para quem busca proteger e expandir patrimônio. No curto prazo, seu preço também é impulsionado pela maior adoção e pela aprovação de ETFs no início do ano, que facilitaram o acesso de investidores institucionais e de varejo ao ativo e, portanto, se tornando uma excelente estratégia de investimento para o mês de outubro.
HYPE: Hyperliquid (HYPE) é o token nativo de uma das exchanges descentralizadas mais promissoras do mercado de derivativos. Ele vem ampliando sua atuação em campos estratégicos, como o desenvolvimento de uma stablecoin própria, o que pode reforçar ainda mais sua relevância dentro do ecossistema DeFi e gerar novas fontes de demanda para HYPE. Com uma tese clara, incentivos bem estruturados e planos de expansão consistentes, HYPE se posiciona como uma das melhores opções de investimento para o mês de outubro, oferecendo potencial de valorização relevante no segmento de derivativos descentralizados.
SOL: A Solana (SOL) é uma criptomoeda com sua própria plataforma de smart contracts. O ativo pode contar muito em breve com um ETF à vista na bolsa americana, podendo disponibilizar inclusive o recurso de staking, potencializando em grande medida a entrada do capital institucional no projeto. Por fim, estratégias de acumulação de Solana para tesourarias de empresa também começa a ganhar tração, podendo ser uma alavanca importante de valorização pela ótica da demanda. Dessa forma, enxergamos que esse ecossistema em pleno crescimento tende a apresentar uma performance no mês muito positiva.
PENDLE: Pendle é um projeto de DeFi que viabiliza a tokenização e negociação de rendimentos futuros, uma área cuja relevância é enorme no mercado tradicional, porém no mercado de finanças descentralizadas ainda está em desenvolvimento. O projeto tem dado importantes passos para se consolidar como um dos maiores protocolos de DeFi, aumentando seu TVL em ecossistemas com grandes margens de crescimento, além de estar muito bem posicionado na rede Ethereum que vem vivendo um momento muito positivo de adoção e interesse do capital institucional. Por conta disso, acreditamos que PENDLE deve performar muito bem, sobretudo em um contexto de altseason que parece estar se formando.
ONDO: A Ondo Finance (ONDO) é uma plataforma de finanças descentralizadas (DeFi) que se destaca por tokenizar ativos do mundo real (RWA). O projeto se destaca por suas grandes parcerias, com ênfase na recente integração de sua plataforma com a rede Mastercard, trazendo a tese da tokenização para importantes players do mercado. Dito isso, compreendemos que a Ondo está bem posicionada. Acreditamos que a sanção do GENIUS Act tende a tornar esse tipo de transação cada vez mais frequente, consolidando a Ondo como um ponto de conexão entre o universo cripto e o sistema financeiro tradicional.
Análise Macroeconômica de Outubro
Observamos uma boa projeção para o mês de outubro. Esse cenário é impulsionado principalmente pelo processo de desalavancagem que vem ocorrendo desde o último FOMC, em 17 de setembro, quando houve uma série de liquidações que reduziram o excesso de posições compradas. Esse movimento de “limpeza” no mercado de futuros é bastante relevante, pois costuma anteceder ciclos de alta.
Além disso, a correção registrada no fim de setembro levou o índice de medo e ganância para a zona de medo. Historicamente, esse patamar sinaliza sobrevenda e enfraquecimento da pressão vendedora, o que facilita movimentos de recuperação.
Outro fator positivo é o avanço das rodadas de captação das DAOs, organizações que acumulam ativos digitais e seguem realizando compras consistentes. Esse fluxo tende a sustentar a demanda ao longo de outubro, reforçando a tendência de valorização.
No campo regulatório, o cenário também é favorável. Há expectativa de aprovação de ETFs de diversas altcoins já no início do mês, incluindo Litecoin, XRP e Solana, além do ETF de Ethereum com staking.
Considerando esses fatores – desalavancagem, menor pressão vendedora, compras institucionais via DAOs e um ambiente regulatório promissor -, a perspectiva intrínseca para o mercado cripto em outubro se mostra bastante positiva.
O mercado precifica em torno de 90% de probabilidade de um corte de 25 pontos-base na próxima reunião do FOMC, marcada para o fim do mês, e cerca de 65% de chance para mais um corte de 25 pontos-base em dezembro. Caso se confirmem, esses movimentos resultariam em uma redução acumulada de 50 pontos-base até o final do ano.
Para que essa expectativa se mantenha, é necessário que os dados econômicos validem a narrativa de cortes de juros. A inflação de setembro veio em linha com as projeções, o que foi positivo, mas os próximos números do mercado de trabalho serão decisivos. O ideal é que apontem fragilidade suficiente para justificar cortes, sem, no entanto, sinalizar um quadro de recessão mais grave.
Um dos principais riscos para outubro é a possibilidade de um shutdown do governo dos Estados Unidos, caso não haja consenso no Congresso para aprovação do orçamento do novo ano fiscal. Esse risco não é inédito: no governo Trump, entre 2018 e 2019, um shutdown se estendeu por 35 dias. Caso um episódio semelhante ocorra, os impactos podem ser ambíguos. Por um lado, a paralisação expõe fragilidades do sistema fiduciário, o que pode fortalecer teses de reserva de valor, como ouro e Bitcoin. Por outro, aumenta a aversão a risco e pode provocar saída de capitais de ativos considerados mais arriscados.
Assim, o cenário macroeconômico para outubro é relativamente positivo, mas exige atenção especial ao risco de um shutdown prolongado e a eventuais dados mais fracos do mercado de trabalho. No entanto, esses riscos coexistem com fatores intrínsecos ao mercado cripto que seguem bastante favoráveis, reforçando uma perspectiva construtiva para o mês.
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