Moscou intensifica os esforços para criar uma infraestrutura doméstica voltada às criptomoedas, em resposta à crescente demanda do setor e à pressão de empresas locais para acelerar a regulamentação.
Durante o fórum “Digital Finance: New Economic Reality” em Moscou, o vice-ministro das Finanças, Ivan Chebeskov, afirmou que o mercado já deixou claro: é preciso ter uma infraestrutura nacional para mineração e demais atividades relacionadas às criptomoedas. Segundo ele, o trabalho já começou e está sendo coordenado com o Banco Central da Rússia (CBR).
“Precisamos da nossa própria infraestrutura, incluindo para mineração e tudo o que se relaciona a criptomoedas”, destacou Chebeskov, citado pela agência TASS.
Estrutura vai além da mineração
O plano do Ministério das Finanças não se limita apenas à mineração — recentemente legalizada —, mas abrange também serviços financeiros associados às criptomoedas, como operações, liquidações e acesso regulado a investidores. Moscou já havia anunciado, em março, um regime jurídico experimental (ELR) para permitir o uso de ativos digitais em transações internacionais e investimentos sob estrita supervisão.
Divergência entre Minfin e Banco Central
Enquanto o Ministério das Finanças enxerga as criptomoedas como um motor de crescimento econômico, o Banco Central da Rússia continua resistente à sua livre circulação. A autoridade monetária permite o uso em ambientes controlados, como o ELR, mas rejeita o reconhecimento das criptomoedas como meio oficial de pagamento no país.
Atualmente, apenas investidores considerados “superqualificados” — aqueles com mais de 100 milhões de rublos aplicados (US$ 1,2 milhão) ou renda anual acima de 50 milhões de rublos (US$ 600 mil) — podem acessar derivados de criptoativos. Entre as instituições que já oferecem esses instrumentos estão o Sber (maior banco russo), a Bolsa de Moscou e a corretora Finam.
Expansão prevista para 2026
O Banco Central sinalizou recentemente que pode liberar fundos de investimento para incluir criptoativos em seus portfólios a partir de 2026, como forma de equilibrar a competição no mercado, hoje dominado por corretoras.
Apesar da forte regulamentação e das restrições impostas ao investidor comum, o mercado de criptomoedas já tem grande presença no país. Segundo estimativas, carteiras digitais de cidadãos russos acumulam mais de US$ 25 bilhões em criptomoedas, evidenciando a força e o apetite do público, mesmo diante das barreiras regulatórias.
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