O bilionário Elon Musk reacendeu o alerta sobre a grave situação fiscal dos Estados Unidos neste domingo (2). Segundo ele, o endividamento público do país atingiu um ponto tão crítico que só poderá ser resolvido com um salto massivo de produtividade — impulsionado por inteligência artificial e robôs.
“Se a IA e os robôs não resolverem nossa dívida nacional, estamos fritos”, declarou Musk, em tom de urgência.
A fala ecoa num momento em que a dívida federal ultrapassa US$ 38 trilhões, de acordo com o Tesouro norte-americano, após crescer US$ 1 trilhão em apenas dois meses — o aumento mais rápido fora do período da pandemia.
Dívida dos EUA dispara e pressiona juros
Dados oficiais mostram que, até 30 de outubro, a dívida pública total dos EUA alcançou US$ 38,11 trilhões, enquanto o déficit fiscal previsto para 2025 gira em torno de US$ 1,8 trilhão, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO). Isso representa aproximadamente 6% do PIB americano.
O fator mais preocupante, no entanto, é o custo dos juros. Em 2024, os gastos com o pagamento da dívida ultrapassaram as despesas com defesa nacional e o Medicare — algo inédito na história recente do país. Projeções indicam que os juros podem atingir US$ 1 trilhão em 2025, impulsionados por taxas elevadas e emissões constantes de títulos.
O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos encerrou a última semana próximo de 4,1%, segundo dados do Federal Reserve. Embora a curva de juros tenha voltado a se normalizar após longo período de inversão, os custos de captação continuam altos — sinal de que o endividamento dos EUA seguirá caro mesmo com uma eventual desaceleração econômica.
“Emitir dívida em dólar não é imunidade”, dizem analistas
Alguns economistas argumentam que os Estados Unidos não enfrentam risco de falência técnica, já que emitem dívida em sua própria moeda — o dólar — e ainda contam com forte demanda global por Treasuries. Isso significa que, na prática, o país não pode ficar sem dinheiro, mas pode sofrer com inflação e perda de confiança.
Ainda assim, especialistas alertam que essa vantagem tem limites. O Comitê para um Orçamento Federal Responsável (CRFB) advertiu que os juros crescentes estão “consumindo” boa parte do orçamento, o que restringe investimentos e políticas públicas.
Críticos ao governo afirmam que Musk apenas vocaliza o que o mercado de títulos já demonstra: os investidores estão cada vez mais preocupados com a sustentabilidade fiscal de longo prazo.
Elon Musk e a “solução tecnológica”
Para Musk, a saída para evitar o colapso passa pela automação e pelo avanço da IA. Segundo ele, somente um salto de produtividade sem precedentes poderá compensar o aumento da dívida e restaurar o equilíbrio fiscal.
“Sem aumento radical de produtividade, não há como resolver essa equação”, reforçou o CEO da Tesla e da X (antigo Twitter).
A visão de Musk ecoa entre líderes do setor tecnológico, que veem a inteligência artificial como ferramenta capaz de revolucionar a eficiência econômica global. No entanto, economistas alertam que a tecnologia sozinha não substitui políticas fiscais sólidas.
Com a dívida americana a caminho de superar 107% do PIB até 2029, segundo o CBO, cresce a pressão para que Washington apresente um plano realista de contenção de gastos — antes que o peso da dívida ameace não apenas a economia dos EUA, mas também a estabilidade financeira global.
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