Num ano marcado por desafios regulatórios e declínios no mercado de criptomoedas, o cenário cripto na Argentina parece forte. Em entrevista exclusiva com Ramiro Raposo, VP de Growth e Country Manager da Bitwage, o Cointelegraph Espanhol, explora as perspectivas atuais deste mercado que, apesar da incerteza, demonstra resiliência.
Raposo destaca que apesar das adversidades, o mercado de criptoativos segue sólido.
“O medo geral é sempre que o mercado caia para 0, e acho que esta última queda mostrou que isso não vai acontecer”, diz ele. Esse otimismo está relacionado ao fenômeno do halving, que gerou entusiasmo nos últimos meses e tornou a palavra “criptomoeda” mais comum, atraindo novos investidores.
A entrevista com Raposo também aborda os desafios do sistema financeiro tradicional, principalmente após a pandemia.
“Desde a incorporação das criptomoedas, o sistema financeiro sofreu muitos colapsos, e acho que são muitos devido às feridas deixadas pela pandemia”, afirma Raposo.
A regulamentação no mundo criptográfico também é um tema quente, e Raposo oferece sua perspectiva sobre o assunto.
“As criptomoedas têm a ver com liberdade financeira, mas o bom é que são feitas para manter essa liberdade”, diz ele.
A incerteza sobre o impacto das regulamentações é um tema recorrente no espaço criptográfico.
Nesta entrevista exclusiva, Ramiro Raposo investiga o atual cenário das criptomoedas na Argentina, antecipa a turbulência esperada com o halving e analisa a relação entre as criptomoedas e a flutuação do dólar, oferecendo uma visão perspicaz de um mercado em constante evolução.
Cointelegraph espanhol: Depois de vários meses, o mercado criptográfico está em um estágio otimista? A que você acha que isso se deve?
Ramiro Raposo: Este ano, apesar das dificuldades que o mercado está sofrendo com regulamentações e quedas cambiais, ele se mostrou forte. O medo geral é sempre que o mercado caia para 0, e penso que esta última queda mostrou que isso não vai acontecer.
CE: A proximidade do halving do Bitcoin tem algo a ver com isso?
RR: Certamente, o halving tem muito a ver com isso. Nos últimos meses ouvimos muito sobre este evento e podemos ver muito otimismo em relação a ele. Mas não é apenas o halving, mas também que a palavra criptomoeda se tornou uma palavra mais comum, atraindo novos investidores.
CE: Da realidade Argentina: Apesar da volatilidade que o mercado cripto costuma ter, você acha que é mais conveniente do que a perda de valor do peso e até do dólar?
RR: Sem dúvida! Desde a incorporação das criptomoedas, o sistema financeiro sofreu muitos colapsos, e acredito que sejam muitos devido às feridas deixadas pela pandemia. Portanto, nem mesmo o dólar está seguro. De qualquer forma, é sempre bom diversificar e não apostar tudo numa só coisa.
CE: Nos últimos dias, houve novas conversas sobre regulamentações na Argentina. Isso pode influenciar alguma coisa? qual e sua OPINIAO?
RR: Falar de regulamentação sempre dá um pouco de incerteza, obviamente se essas regulamentações são para o benefício do usuário, elas são bem-vindas. Mas também existe o medo de perder um pouco de liberdade e ninguém gosta disso. As criptomoedas têm a ver com liberdade financeira, mas o bom é que são feitas para manter essa liberdade.
CE: O resultado da PASO e depois das eleições nacionais podem ter algum impacto no uso de criptomoedas e tokens na Argentina?
RR: Acho que não, não vi que haja muita competição dentro da política nesta questão. Há muitas pessoas no governo envolvidas com criptomoedas, independentemente do partido. Acho que ainda não estamos numa fase em que se criam rivalidades.
CE: Diante desta situação econômica na Argentina. Quais são as melhores soluções que a tecnologia criptográfica e blockchain pode fornecer neste contexto?
RR: Uma das grandes vantagens das criptomoedas é que todos têm acesso a elas, qualquer pessoa, independente da classe social, pode investir nesses ativos. Também ajuda a dinamizar mercados, como exportações ou imobiliário.
CE: Quais são as expectativas do seu setor para este segundo semestre?
RR: Nesse momento as águas vão começar a balançar, há muita expectativa e as pessoas estão se preparando para o halving. Também há muita expectativa e incerteza com o dólar.
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