Em novembro de 2022, o colapso da FTX abalou o mercado global de criptomoedas, deixando milhões de investidores com grandes prejuízos. No Brasil, aproximadamente 135 mil clientes ficaram com seus fundos congelados na exchange, que até então era uma das maiores do mundo. Um ano após a falência, o cenário começa a mudar, mas a incerteza sobre o processo de ressarcimento ainda causa ansiedade entre os brasileiros que aguardam a devolução de seus investimentos.
A crise da FTX e suas consequências para investidores brasileiros
A FTX, fundada por Sam Bankman-Fried, prometia revolucionar o mercado de criptomoedas com sua tecnologia avançada e um modelo de negócios voltado à democratização do acesso ao universo cripto. No entanto, o sonho rapidamente se desfez quando surgiram rumores de insolvência em novembro de 2022. Em poucos dias, a plataforma foi tomada por uma corrida de saques, impossibilitando a retirada de fundos. O que se seguiu foi a recuperação judicial da empresa nos Estados Unidos, com um rombo estimado em US$ 9 bilhões.
Investidores de todo o mundo foram impactados, incluindo milhares de brasileiros, muitos dos quais nunca conseguiram sacar seus fundos da corretora. Daimon Freitas, de 27 anos, investidor do Rio Grande do Sul, relatou sua frustração:
“Quando fui tentar sacar, já era tarde demais. Perdi acesso aos meus fundos.” Freitas não está sozinho. Outros investidores brasileiros compartilharam suas histórias de perdas e incertezas, enquanto aguardam o desfecho do processo de falência.
O processo de ressarcimento e o impacto da valorização das criptomoedas
Recentemente, a administração da massa falida da FTX tem dado sinais positivos em relação à devolução dos fundos. Estima-se que até 90% dos recursos possam ser devolvidos aos credores. No entanto, o valor devolvido será baseado na cotação das criptomoedas na época da falência, o que gerou grande insatisfação entre os investidores.
Desde o colapso da exchange, o mercado de criptomoedas apresentou uma significativa recuperação. O Bitcoin, que estava avaliado em US$ 16 mil na época da falência, hoje é cotado a cerca de pouco mais de US$ 56 mil, até o momento da edição deste artigo. Isso significa que os investidores que possuíam 1 BTC na FTX receberão apenas US$ 16 mil, em vez do valor atual. Para muitos, isso representa uma perda considerável de possíveis lucros.
A falta de transparência no processo também gera preocupação entre os brasileiros afetados. Muitos relataram dificuldades em preencher os formulários de credores enviados pela FTX, como foi o caso de Freitas:
“Ao tentar cadastrar meu documento de identidade, enfrentei falhas constantes. O suporte é praticamente inexistente, e até hoje não consegui finalizar o processo de verificação.”
Além disso, a conversão obrigatória dos ativos para dólares frustrou muitos investidores. Muitos prefeririam receber suas criptomoedas de volta, aproveitando a valorização do mercado. Contudo, a decisão de ressarcir em dólares parece ser definitiva, e muitos investidores terão que aceitar essas condições para receber pelo menos parte de seus investimentos de volta.
O apoio jurídico de Raquel Vieira
Diante desse cenário, a equipe de advogados, da Business Account Raquel Vieira, tem sido uma das referências para investidores brasileiros que buscam orientação e suporte no processo de recuperação de seus fundos. Raquel, enfatiza a importância de agir rapidamente e com precisão.
“O processo de falência da FTX é conduzido nos Estados Unidos, o que torna o acompanhamento jurídico ainda mais essencial para que os brasileiros possam garantir seu ressarcimento”, explica.
Ela também reforça que muitos investidores podem se deparar com dificuldades técnicas ou burocráticas ao tentar preencher os documentos de credores.
“Tive clientes que enfrentaram falhas no sistema e que não conseguiram validar seus dados por conta de problemas de verificação de identidade. Nesses casos, estamos auxiliando diretamente com a empresa responsável pelo processo para garantir que essas falhas não prejudiquem o ressarcimento”, afirma Raquel.
Raquel recomenda que os investidores se mantenham atentos a novos comunicados da FTX e evitem fornecer informações pessoais em e-mails ou sites não verificados. Além disso, ela sugere que aqueles que ainda não preencheram seus formulários o façam o mais rápido possível para garantir que seus nomes sejam incluídos no processo de falência.
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