O crescimento das apostas esportivas online no Brasil é alarmante. Nos primeiros sete meses de 2024, cerca de 25 milhões de brasileiros começaram a apostar, uma média de 3,5 milhões de novos apostadores por mês. Para efeito de comparação, o mesmo número de pessoas foi infectado pela COVID-19 em um período de 11 meses, entre fevereiro de 2020 e janeiro de 2021. Mais preocupante ainda, 86% desses apostadores acabam se endividando, de acordo com uma pesquisa recente sobre o setor de apostas.
Esse cenário está criando um fenômeno preocupante: muitos brasileiros estão ficando presos em um ciclo de endividamento crônico, vivendo constantemente negativados. A falta de controle financeiro, aliada ao fácil acesso ao crédito, alimenta essa compulsão por dívidas. No entanto, a inteligência artificial (IA), em especial a IA generativa, pode ser uma ferramenta essencial para reverter esse problema.
O papel da IA generativa na prevenção de dívidas
Bruno Nunes, CEO da fintech brasileira Base39, defende o uso da IA generativa como solução para combater o endividamento. Segundo ele, essa tecnologia pode criar perfis financeiros detalhados e fornecer recomendações personalizadas para evitar que as pessoas acumulem dívidas. A IA poderia, por exemplo, monitorar os hábitos de consumo de cada indivíduo e gerar alertas antes que os gastos fujam do controle. Além disso, pode sugerir planos de pagamento ajustados à realidade financeira de cada usuário. “A tecnologia não deve ser usada apenas para resolver o problema quando ele já existe, mas também para preveni-lo”, comenta Bruno.
A IA generativa também tem a capacidade de prever comportamentos de risco. Ao identificar padrões de consumo que possam levar a um endividamento descontrolado, as ferramentas digitais podem intervir de maneira proativa. Isso significa que, ao invés de esperar que a pessoa atinja um ponto crítico de endividamento, a IA pode emitir alertas e sugestões antes que a situação saia do controle.
Como os bancos podem se beneficiar da IA
Além dos consumidores, bancos e instituições financeiras também podem se beneficiar do uso da IA generativa. Ao usar essa tecnologia para avaliar a concessão de crédito, essas instituições podem oferecer quantias mais adequadas ao perfil de cada cliente, evitando assim que o crédito se transforme em um problema. Ferramentas digitais inteligentes podem analisar o histórico financeiro, hábitos de consumo e até mesmo fatores externos que influenciam o comportamento financeiro de uma pessoa.
Essa análise detalhada permite que os bancos ofereçam crédito de forma mais responsável, minimizando o risco de superendividamento. Dessa forma, as instituições financeiras não apenas melhoram a experiência de seus clientes, mas também contribuem para uma saúde financeira mais sustentável.
O futuro das finanças pessoais com IA
O avanço da IA generativa promete transformar o setor financeiro. Com a possibilidade de criar soluções personalizadas, que se adaptam à realidade de cada pessoa, essa tecnologia pode ser um divisor de águas na luta contra o endividamento crônico. Ela pode ajudar os consumidores a manterem suas finanças sob controle, oferecendo insights e soluções antes que o problema se torne incontrolável.
Além disso, ao garantir que o crédito seja oferecido de maneira mais consciente, as instituições financeiras podem construir um relacionamento mais saudável com seus clientes, promovendo uma cultura de responsabilidade financeira.
Conclusão
O ciclo de endividamento crônico no Brasil é um problema complexo, mas a IA generativa oferece soluções promissoras. Ao personalizar as recomendações financeiras e prever comportamentos de risco, essa tecnologia pode ajudar a quebrar esse ciclo. Para os bancos, o uso inteligente da IA não só protege os clientes, mas também fortalece a relação entre as instituições e seus usuários.
CEO da Base39, Bruno tem mais de 15 anos de experiência em produtos digitais e startups em Serviços Financeiros, Telecomunicações e Educação. Fundou sua primeira startup em 2011, e em 2017 colaborou com a Microsoft para lançar projetos de aprendizado de máquina adaptável com a Kroton e o Governo do Estado de São Paulo. Como Head de Produtos na Zup, ele impulsionou a inovação em empresas líderes de telecomunicações e bancos, incluindo Vivo, Claro e Santander. Junto com o Google, ele iniciou os primeiros testes de protocolo RCS do Brasil. Bruno trabalhou com produtos de interface conversacional para transações bancárias atendendo milhões de clientes, plataformas para mercados globais de telecomunicações e gerenciamento de API em ambientes de missão crítica lidando com bilhões de solicitações mensais.
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