Segundo CEO da WJR Consulting, muitas pequenas empresas acabam em dificuldades por causa da falta de métodos estruturados para organização e controle financeiro
São muitos os desafios diários que pequenos e médios empreendedores enfrentam para manter seus negócios financeiramente saudáveis. Muitos deles poderiam ser evitados com organização e um controle mais preciso das finanças. É o que acredita Wallenstein Junior, especialista e CEO da WJR Consulting, empresa especializada em gestão financeira para o segmento B2B.
Segundo ele, há muitos casos de pequenas empresas que acabam em dificuldades por causa da falta de métodos estruturados para organização e controle financeiro. “É comum que os empreendedores tomem decisões financeiras no escuro, sem uma visão clara dos números do seu próprio negócio”, afirma o especialista.
O especialista listou seis problemas financeiros que comprometem pequenos e médios negócios e explicou o que é possível fazer para evitá-los. Confira:
1 – Precificação inadequada
Muitos empreendedores simplesmente copiam os preços da concorrência, sem levar em conta custos, margens e posicionamento estratégico. “Se a concorrência precifica errado, todos se prejudicam. É fundamental calcular preços de venda com base em dados concretos e na estrutura de custos da empresa”, alerta Wallenstein.
2 – Falta de previsibilidade financeira
Ter boas vendas não significa necessariamente ter um fluxo de caixa saudável. Wallenstein alerta que a ausência de projeções financeiras leva muitos empresários a buscar empréstimos desnecessários para cobrir descasamentos de prazos, o que pode comprometer a margem de lucro e gerar endividamento desnecessário.
3 – Misturar o dinheiro pessoal e com o da empresa
Esse é um erro frequente, especialmente entre negócios com menos de cinco anos. “O dono precisa entender que o dinheiro da empresa não é dele. Essa confusão impede a empresa de crescer de forma sustentável e dificulta qualquer planejamento financeiro”, explica Wallenstein.
4 – Definição inadequada do pró-labore
Muitos empresários não sabem quanto retirar da empresa como pró-labore, o que pode gerar desequilíbrio financeiro. “O pró-labore deve ser um valor que a empresa possa pagar sem comprometer seu capital de giro”, reforça ele.
5 – Falta de controle financeiro
Negócios sem uma estrutura organizada de controle acabam tomando decisões baseadas em suposições e não em dados concretos, aumentando os riscos operacionais.
6 – Gestão ineficiente de custos e despesas
Muitos empreendedores falham em monitorar e otimizar seus custos e despesas, o que resulta em margens reduzidas e dificuldades para reinvestir no crescimento da empresa.
“Uma gestão eficiente de custos passa por revisão frequente de gastos, negociação com fornecedores e eliminação de desperdícios. Pequenos ajustes podem trazer impactos significativos na rentabilidade”, afirma Wallenstein. Sem um controle adequado, a empresa pode perder competitividade e comprometer seu futuro.
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