O mundo está cada vez mais adepto às criptomoedas. Jogos eletrônicos, companhias de viagens e gingantes da indústria internacional como Microsoft e KFC já aceitam transações nesse formato. Nos Estados Unidos, o reflexo da era das criptomoedas é evidente. Exemplo disso é, Francis Suarez, o prefeito de Miami, que não esconde o desejo de transformar o município na “capital das criptomoedas”. Esse método de pagamento conquista também o mercado imobiliário e até mesmo figuras famosas como Roberto Justus vendem imóveis e recebem por moedas digitais.
A Elite International Realty, consultoria imobiliária que opera nos Estados Unidos, atenta nesse movimento da tokenização do setor, lançou ainda em 2021 uma parceria com a Unblock Capital, empresa focada na construção de uma nova economia descentralizada, voltada para os ativos digitais. Essa união funcionou tão bem que agora em 2022 a Elite anuncia uma nova divisão que terá como foco o financiamento de imóveis com uso de criptomoedas como garantia, a Crypto by Elite.
Ricardo Assaf, diretor da Unblock Capital, está animado com os próximos passos dessa sociedade.
“A parceria firmada com a Elite permite que a Unblock amplie sua capacidade de serviços no mercado imobiliário americano e isso contribuí para nossa expansão de negócios na América Latina, que acreditamos ter um grande potencial para investir em 2023, em especial no setor de imóveis da Flórida, um dos mais promissores do mundo, reflete Assaf.
A Crypto by Elite, nova segmentação criada pela Elite, será gerida por Bruno Schenone, que possui experiência no mercado imobiliário, na mineração em bitcoin e como investidor em diversas criptomoedas e finanças relacionadas com indústria. A nova parceira que chega para apoiar esta divisão é a Milo, fintech imobiliária que oferta hipoteca de bitcoin nos EUA.
“Estamos empolgados em facilitar o financiamento para a divisão de criptomoedas da Elite. Nosso produto de hipoteca criptográfica permite que investidores estrangeiros aproveitem seus ativos criptográficos para adquirir imóveis nos EUA sem perder sua posição”, declara Colin McMahon, líder da equipe de consultores de empréstimos da Milo.
Este novo projeto da consultoria imobiliária da Florida vai de encontro com demandas dos clientes. De acordo com Daniel Ickowicz, diretor de vendas da Elite, muitos têm procurado transações em criptomoedas.
“Após o evento que realizamos no Brasil em agosto de 2022 – o Florida Prime Expo –, identificamos um aumento de 70% em busca de ativos via criptomoedas. As pessoas estão buscando investimentos na Florida e possuem interesse em pagar com algum tipo de criptomoeda. Mesmo o evento tendo focado no mercado brasileiro, conquistamos procura por parte de outros países da América Latina, como Colômbia e Argentina. É importante criarmos soluções que viabilizem o pagamento de imóveis em criptomoedas e atraiam novos investidores”, informa Ickowicz.
A ideia de uma hipoteca de criptomoedas permite repensar o conceito de obter hipotecas, uma vez que esse tipo de transação passa a ser utilizada para investir em imóveis. Em vez de vender a criptomoeda pelo pagamento inicial, a pessoa se qualifica para uma hipoteca e os ativos que ela possui em criptografia são considerados para que a hipoteca possa ser aprovada com base nisso. O empréstimo pode chegar até 100% do preço e não é necessário o uso de dólares para se qualificar. Ao garantir uma hipoteca criptográfica as taxas são mais baixas, cerca de 6,95%.
Para Bruno Schenone, gestor da divisão Crypto by Elite, este é o futuro do mercado imobiliário.
“É um passo à frente diante de muitas empresas do setor, porque estamos nos adiantando, abrindo nossa visão para o mercado de cripto no ramo imobiliário. Muitas pessoas ainda não sabem que podem investir desta forma e financiar com criptomoeda. Desejamos que aos poucos a comunidade vá se educando quanto aos negócios em criptomoeda, pois é uma tendência que estará em alta nos próximos anos. A ideia é tornar o produto conhecido não só no Brasil, mas em toda a América Latina e até mesmo no mundo todo, este é um mercado sem fronteiras ou limites”, comenta Schenone.
Vale ressaltar que as transações de criptomoedas estão em conformidade com os regulamentos do governo dos EUA.