A exchange de criptomoedas Kraken está se preparando para dar um dos passos mais ousados de sua história: abrir capital em 2026. Avaliada agora em US$ 15 bilhões — um salto de 36% em relação à sua última estimativa em 2022 — a empresa quer levantar US$ 500 milhões em uma nova rodada de investimentos. O objetivo? Reforçar caixa e estrutura para encarar o mercado de ações com fôlego de gigante.
Com receita de US$ 1,5 bilhão em 2024 e um crescimento de 19% no primeiro trimestre de 2025, Kraken mostra que a escalada é real. Enquanto isso, seu volume diário de negociações gira em torno de US$ 1,37 bilhão, operando mais de 1.100 pares de ativos.
Estratégia agressiva de crescimento
Nos bastidores, a Kraken já opera como uma empresa pública. Divulga relatórios trimestrais, passou por auditoria da PwC e prepara uma seleção de bancos para liderar a oferta pública inicial. Goldman Sachs e JPMorgan já estão em negociações para coordenar uma emissão de dívida que pode chegar a US$ 1 bilhão.
Além disso, a empresa está em ritmo acelerado de expansão. Em março, adquiriu a NinjaTrader por US$ 1,5 bilhão, mirando o mercado de derivativos e o público institucional. Para completar, lançou o app Krak, que permite pagamentos peer-to-peer em mais de 100 países, com suporte a mais de 300 criptoativos.
Ambiente regulatório mais favorável
A recente decisão da SEC de encerrar um processo contra a Kraken retirou uma das maiores incertezas do caminho. Além disso, a exchange foi uma das primeiras a obter a nova licença MiCA na União Europeia, o que a posiciona à frente de concorrentes que ainda enfrentam barreiras regulatórias.
Com o mercado cripto em retomada e mais regulamentações sendo aprovadas nos EUA e Europa, o cenário para uma listagem pública parece mais promissor do que nunca.
Enquanto a data exata da IPO ainda não foi confirmada, o recado da Kraken é claro: a empresa está mais preparada, capitalizada e conectada ao momento do que nunca. Se o ambiente continuar positivo, 2026 pode marcar o início de uma nova era para a exchange — agora, também como empresa de capital aberto.
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