- Qubic domina 51% do hashrate e derruba XMR quase 9%.
- Ataque permite reescrever blockchain e censurar transações.
- Pagamentos 5x maiores atraem mineradores; QUBIC sobe 57%.
A rede Monero, uma das principais criptomoedas focadas em privacidade, sofreu um ataque que colocou em dúvida sua segurança e descentralização. Pela primeira vez, um único grupo conseguiu controlar mais da metade do poder de mineração da blockchain. Esse tipo de ataque é conhecido como 51%. Como consequência, o preço do XMR caiu forte e, por isso, o futuro da rede ficou incerto.
Ataque 51% em Monero: o que aconteceu?
Na manhã do dia 12 de agosto de 2025, a comunidade cripto foi surpreendida por um anúncio preocupante. O pool de mineração Qubic ultrapassou 51% do hashrate da rede Monero (XMR), uma das maiores blockchains focadas em privacidade. Quem trouxe essa informação foi Sergey Ivancheglo, conhecido como “Come-from-Beyond” (CFB).
Pouco depois, Charles Guillemet, CTO da Ledger, confirmou a gravidade da situação. Segundo ele, “Qubic pode orfanizar blocos concorrentes, tornando-se praticamente o único minerador.” Dessa forma, essa concentração coloca a segurança da rede em risco. Entre os perigos estão a reescrita de blocos, censura de transações e ataques de dupla despesa. Tudo isso pode abalar a confiança dos usuários.
Estratégia agressiva e impacto no mercado
A Qubic conseguiu esse avanço com a estratégia chamada “pay-to-switch”. Basicamente, ela oferece recompensas de mineração cinco vezes maiores que as pools tradicionais do Monero. Dados da Chaos Labs mostram que o hashrate da rede subiu para 3,01 GH/s. Isso ocorreu graças aos pagamentos diários que chegaram a US$ 3,13 para mineradores, contra US$ 0,64 em outras pools.
Além disso, o preço do XMR caiu 28% no mesmo período, refletindo a instabilidade causada. Em contrapartida, os tokens QUBIC tiveram alta de 57%, indicando forte interesse na operação. Vale lembrar que metade dos lucros da Qubic é usada para recomprar e queimar seus próprios tokens, beneficiando seus detentores.

Contexto e respostas da comunidade
Apesar da confirmação do ataque pela Qubic, ainda há dúvidas sobre o real tamanho do controle. Isso porque a arquitetura do Monero dificulta a análise pública, já que oculta a origem do hashrate. CFB afirmou que o ataque teve um propósito diferente. Segundo ele, a ação ajudou a preparar a rede contra ataques semelhantes no futuro. “Ajudamos Monero a se preparar para batalhas contra agências que tentam atacar essa moeda anônima”, disse.
Por outro lado, especialistas alertam para os riscos. Eles afirmam que essa vulnerabilidade pode afetar a confiança dos investidores, principalmente daqueles que valorizam a privacidade e a descentralização da rede.
Portanto, este episódio mostra que até redes consolidadas são vulneráveis diante de ataques coordenados. Por isso, o Monero precisará reforçar seus mecanismos de defesa para restaurar a segurança da rede. Assim, poderá garantir a continuidade de sua proposta focada em privacidade.
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