Mesmo com a semana encurtada pelo feriado do Labor Day, a agenda econômica dos Estados Unidos promete fortes emoções — tanto para os mercados tradicionais quanto para o setor cripto. O Bitcoin caiu abaixo de US$ 107.500 e o Ethereum luta para se manter em US$ 4.400, enquanto o valor total do mercado de criptomoedas recuou 2%, para US$ 3,8 trilhões. Altcoins como XRP, Solana, Dogecoin, Cardano, Chainlink e Sui aprofundaram as perdas, reduzindo as expectativas de um altseason no curto prazo.
Liquidez em jogo: Relatório JOLTS
O primeiro dado relevante chega na quarta-feira (4), com o JOLTS Job Openings, que mede as vagas abertas no mercado de trabalho americano. Economistas projetam estabilidade em 7,4 milhões de vagas em julho. Caso o mercado de trabalho siga robusto, o Fed terá menos incentivo para cortar juros — cenário que fortalece o dólar, mas comprime a liquidez global, pressionando ativos de risco como o Bitcoin.
ADP Payroll: Sinal de fraqueza ou suporte para cripto?
Na quinta-feira (5), será divulgado o relatório ADP de empregos privados. Após a surpresa positiva de julho, com 104 mil vagas criadas, a expectativa para agosto é de apenas 75 mil. Uma desaceleração pode dar fôlego às criptos ao reforçar a perspectiva de cortes de juros. No entanto, se os dados mostrarem uma fraqueza acentuada, podem reacender os temores de recessão, trazendo volatilidade imediata antes de um eventual ajuste do mercado.
Pedidos de auxílio-desemprego: um termômetro do enfraquecimento
Ainda na quinta, o mercado acompanhará os pedidos semanais de seguro-desemprego, estimados em 231 mil, ligeiramente acima dos 229 mil da semana anterior. Caso haja uma tendência de alta sustentada, isso sinalizaria enfraquecimento do mercado de trabalho e aumentaria a pressão para uma postura mais dovish do Fed — em tese, positivo para o Bitcoin.
O grande catalisador: Relatório de empregos de sexta-feira
O evento mais aguardado será divulgado na sexta-feira (6): o Payroll de agosto. A previsão é de 75 mil novas vagas e uma alta na taxa de desemprego para 4,3%. Um resultado dentro desse intervalo pode ser interpretado como neutro ou levemente dovish, alimentando expectativas de cortes de juros e impulsionando um rali moderado no mercado cripto.
Setembro, o mês desafiador do BTC
Além do cenário macro, setembro é historicamente um mês negativo para o Bitcoin. Os fluxos institucionais estão em retração, a atividade on-chain diminuiu e os investidores permanecem cautelosos mesmo diante de potenciais sinais dovish do Fed.
Níveis críticos a observar
O intervalo entre US$ 105.000 e US$ 108.000 segue como suporte-chave para o Bitcoin. Caso os dados indiquem fragilidade no mercado de trabalho e aumentem as chances de cortes de juros, um rali de alívio poderia levar o BTC até a faixa de US$ 115.000–US$ 120.000. Mas, se o mercado surpreender pela força, a correção pode se aprofundar.
Por enquanto, todos os olhares estão voltados para o mercado de trabalho americano — o fator que pode decidir o rumo do Bitcoin no curto prazo.
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