Nos últimos dias, as redes sociais e as manchetes têm sido preenchidas com declarações sobre o fim de tecnologias que anteriormente eram consideradas “o futuro”. O anúncio de demissões na Meta, a mudança de foco da empresa e a declaração de Mark Zuckerberg sobre a falha na busca pelo metaverso perfeito foram alguns dos eventos que levaram a essas especulações.
Até o chatGPT ‘já era’, segundo os assíduos leitores das manchetes sobre a presença de Amy Webb no SXSW.
No entanto, a sócia-fundadora da G4B, Marcela Miranda, argumenta que essas tecnologias não morreram, elas simplesmente perderam o hype e espaço nas manchetes.
“O Reddit continua a promover seus NFTs, a Starbucks recentemente vendeu uma seleção de 2.000 NFTs em seu programa de fidelidade do cliente Odyssey e a PlayStation está testando um sistema NFT multiplataforma para os games. Usos diferenciados, aplicações segundo a realidade das empresas, estratégias bem traçadas.” Destaca ela.
O Metaverso segue firme e forte, com desfiles de moda que contam com marcas como Adidas e Tommy Hilfiger; com usos para ampliar o acesso à saúde, como no Hospital Albert Einstein; e com um fundo criado pelo Governo da Coreia do Sul para apoiar projetos no metaverso.
Para quem se aprofundar mais, vai ver inclusive que o metaverso foi tema do SXSW, com todas as aplicações práticas que tem para a saúde, para o judiciário, em games, varejo e outras áreas. Há muitas aplicações comerciais possíveis.
“Um exemplo foi da empresa VNTANA, que em seu painel destacou o case de um cliente que economizou mais de 100 mil dólares e deixou de poluir 4.4 tons de carbono por coleção ao substituir amostras físicas por amostras em 3D (muito além do seu avatar no mundo do tio Zuck, né?).” Continua ela.
Tudo isso fica ainda mais poderoso quando potencializado pela IA generativa. O hype aqui ficou por conta do chatGPT. Outro ponto que Miranda enfatiza é o poder da IA generativa, que pode ter impactos significativos em diversos setores, como a criação de novas proteínas, anticorpos e drogas. Atualmente, a IA é usada em muitos setores para resolver problemas de negócio, detectar fraudes, gerenciar cadeias de suprimentos e recomendar produtos.
Miranda alerta que é importante não se concentrar apenas no hype dessas tecnologias, mas também considerar os impactos e perigos que envolvem a Inteligência Artificial. Ela sugere que aqueles que já “mataram e enterrou” essas tecnologias antes hypadas as revivam, pois provavelmente viverão e trabalharão com elas no futuro.
Se você é daqueles que ‘já matou e enterrou’ todas essas tecnologias antes hypadas, sugiro que as reviva o quanto antes… Porque você provavelmente vai viver em/com muitas delas. Talvez até já esteja, mas enquanto o foco for no hype, nem vai perceber.