Regime remoto, ganhos em moeda forte e gastos em reais impulsionam categoria jovem e com alto poder aquisitivo, fruto da contemporaneidade tecnológica
A Husky, plataforma para profissionais remotos que recebem pagamentos internacionais no Brasil, acaba de divulgar a 2ª Edição da Pesquisa Global Worker, que tem muito a dizer sobre o grupo de profissionais que vivem aqui e ganham em dólar ou euro, prestando serviços para empresas estrangeiras.
“Em geral, estamos falando de pessoas na casa dos 30 anos, que atuam na área de Tecnologia (especialmente em uma tech company e no setor financeiro), moram no Sudeste com o parceiro(a), têm pets, possuem nível superior e inglês avançado”, adianta Tiago Santos, CEO da Husky. Quanto à identidade de gênero, 80% se identificam como masculino e 20% feminino. Ambos têm traços comuns: buscam boas remunerações aliadas a um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, são estudiosos, gostam muito de viajar, mas preferem viver no Brasil do que em terras estrangeiras.
A pesquisa reuniu mais de cem perguntas sobre a formação, renda, estilo de vida e hábitos dos participantes, a fim de mapear o perfil demográfico, principais áreas de atuação, preocupações com a carreira e muito mais. Dos 1600 entrevistados, 1.154 já fazem parte da categoria global worker e 341 pretendem se tornar um deles, enquanto 105 não são e nem têm interesse em ser.
A região na qual moram é predominantemente o Sudeste, vindo o Sul em seguida. No estado de São Paulo, estão 37,4%; em Santa Catarina, 10,4%; e em Minas Gerais, 9,4%. Mais da metade deles, 52,7%, vivem nas capitais, como São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro. Há, porém, uma parcela de 1,8% que decide morar fora e, atualmente, Portugal é o destino favorito de 52,4% dos expatriados.
Apesar da liberdade que o trabalho remoto oferece, apenas 24,3% dos profissionais se identificam como nômades digitais e, mesmo com a capacidade de trabalhar de qualquer lugar, ter uma base fixa acaba sendo a principal escolha deles”, aponta Santos.
Quanto à relação entre empresa e funcionário, a pesquisa mostra que 81% trabalham como contratados e 10,6% são freelancers. Destes, 90,3% têm vínculo de pessoa-jurídica; 5,2% possuem vínculo trabalhista; e 3,9% operam sobre outros acordos/contratos. Ainda segundo a pesquisa exclusiva da Husky, o grau de satisfação é elevado e 77,9% estão confortáveis contra 19,9%, que preferiam o regime de contratação tradicional. “A média salarial teve uma baixa de 2023 para 2024, contudo, os salários ainda seguem atrativos, pois a média gira entre R$15 e R$25 mil por mês”, detalha o executivo.
Em relação às áreas de atuação, Exatas se destaca (71,6%), dividindo-se entre os cursos de Tecnologia da Informação (40,2%); em Ciência da Computação (14,4%); Sistemas de Informação (9,9%) e Engenharia da Computação (7,1%) – ou seja, existe uma demanda do mercado global por profissionais brasileiros para atuar em desenvolvimento de software e áreas relacionadas. No restante, 26,2% são Humanas e Sociais (aumento de 6,8% em relação à pesquisa de 2023); 2,1% Biológicas; 5,1% Administrativas; 2,4% Publicidade e Propaganda; e 1,7% em Jornalismo.
Quando se trata de fluência em outros idiomas, 48,6% dos profissionais falam inglês fluentemente e outros 41,6% estão bem perto disso. Entre os que falam Espanhol, a proporção é mais modesta, com a maioria ainda no nível intermediário (41,9%) e os que se consideram fluentes somam apenas 12,7%. O conhecimento de outras línguas é imprescindível, uma vez que a maioria dos empregadores é norte-americano e europeu: 65,2% dos EUA; 6,4% do Reino Unido; 5,6% do Canadá e 3,6% de Portugal. Essas são empresas, no geral, pequenas e médias: 52,4% são companhias com 11 a 200 funcionários e 25,3% têm entre 501 e 10 mil funcionários.
A pesquisa mapeou também aspectos comportamentais desses profissionais e, em termos de investimentos, os global workers optam por investir em renda fixa, variável e fundos, mas também em produtos menos conservadores, tais como: 30,1% em criptomoedas (crescimento de 12,2% em relação à edição do ano anterior), e 16,7% em previdência privada. Apenas 23,3% alocam seu dinheiro no exterior. Os principais objetivos financeiros são aumentar a renda, criar reservas de segurança e investir.
Em 2022, a Nomad, fintech que facilita o acesso dos brasileiros a uma vida financeira internacional completa, adquiriu a Husky. Reconhecida por oferecer uma solução segura e robusta e, ao mesmo tempo, fácil de usar, ágil e transparente para estes usuários, os serviços prestados pela também Husky estão disponíveis para todos os clientes da Nomad.
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