O Brasil se destacou como o segundo país que mais criou empresas nos Estados Unidos entre janeiro e maio de 2024, de acordo com levantamento do Departamento de Estado dos EUA. No período, foram emitidos 4.179 vistos L para executivos de multinacionais brasileiras, representando um crescimento de 14,4% em relação ao ano anterior. Esse dado reflete o aumento da internacionalização das empresas brasileiras, que buscam expandir suas operações para mercados mais amplos e competitivos, como o dos EUA.
Crescimento e desafios na internacionalização
Apesar do aumento no número de empresas brasileiras em solo norte-americano, a obtenção de um visto L é apenas um dos primeiros passos na transição. Expandir operações para os EUA envolve enfrentar uma série de exigências regulatórias e fiscais que variam de estado para estado. “As exigências legais são complexas, e erros no planejamento podem levar a armadilhas fiscais e problemas jurídicos”, alerta Bruno Drummond, sócio da Drummond Advisors, especialista em consultoria para empresas globais.
Pontos essenciais para uma transição bem-sucedida
Drummond destaca que um planejamento detalhado é crucial para o sucesso das empresas que desejam expandir para os EUA. Ele lista 10 pontos fundamentais a serem observados:
- Planejamento tributário eficiente: As empresas devem considerar várias estruturas empresariais para escolher a mais adequada aos seus objetivos.
- Estruturação empresarial: Além do registro estadual e federal, é necessário obter o Employer Identification Number (EIN), essencial para operar legalmente.
- Contabilidade rigorosa: Manter registros financeiros precisos é obrigatório para garantir a conformidade tributária e evitar penalidades.
- Declaração de imposto de renda: As empresas precisam entregar suas declarações no prazo correto, geralmente até março ou abril.
- Registered agent: Fundamental para manter a conformidade legal, esse agente é responsável por receber notificações oficiais.
- Virtual office: Empresas que ainda não possuem endereço físico nos EUA podem usar o serviço de virtual office como alternativa.
- Formulário BEA: Empresas com mais de 10% de participação estrangeira devem enviar informações ao Bureau of Economic Analysis até 31 de maio.
- Formulário 1099: O não cumprimento da entrega deste formulário até 31 de janeiro pode resultar em multas significativas.
- Relatório anual: A entrega desse relatório ao estado de incorporação é essencial para manter o registro ativo.
- Beneficial Ownership Information (BOI): A partir de 2024, todas as empresas devem declarar seus beneficiários finais para garantir transparência.
Suporte especializado: chave para o sucesso
Cada empresa tem uma jornada única ao entrar no mercado norte-americano, e o suporte de uma consultoria especializada pode ser decisivo. Segundo Drummond, “as complexidades fiscais e legais nos EUA são muitas vezes subestimadas. Com um planejamento adequado, as empresas brasileiras podem maximizar suas chances de sucesso.”
Conclusão
Expandir operações para os Estados Unidos oferece inúmeras oportunidades para empresas brasileiras, mas também requer uma preparação cuidadosa para evitar riscos fiscais e jurídicos. O apoio de especialistas no processo de internacionalização é fundamental para garantir uma transição bem-sucedida.
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