Andressa Bergamo, sócia-fundadora da AVG Capital, destaca as oportunidades de diversificação internacional com o dólar mais barato.
Na última quarta-feira (22), o dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,94, abaixo dos R$ 6 pela primeira vez desde dezembro de 2024. O mercado financeiro demonstrou alívio com a administração Trump indicando possível moderação na política de tarifas sobre produtos estrangeiros. Esse movimento cambial cria um ambiente favorável para investidores brasileiros que buscam diversificar seus recursos fora do país.
Segundo Andressa Bergamo, especialista em investimentos e sócia-fundadora da AVG Capital, o momento atual é estratégico para internacionalizar o patrimônio. “Com o câmbio mais favorável, converter reais em dólares fica mais barato, permitindo alocar recursos em ativos internacionais. Nesse cenário, abrir uma conta internacional pode ser um passo essencial para aproveitar essas oportunidades e diversificar investimentos”, afirma.
Benefícios de Investir com uma Conta Internacional
1. Acesso Direto a Ativos Internacionais
Com uma conta internacional, os investidores ganham acesso direto a produtos financeiros nos Estados Unidos, como:
- Ações: Investir em grandes empresas listadas na Bolsa de Nova York (NYSE) e na Nasdaq.
- ETFs: Fundos negociados em bolsa que oferecem diversificação instantânea.
- Títulos do Tesouro Americano (Treasuries): Considerados ativos de baixíssimo risco.
- REITs: Fundos imobiliários dos EUA que permitem exposição ao setor de real estate.
Andressa destaca que essa estrutura reduz custos operacionais, como taxas de corretagem e impostos, além de facilitar a gestão do portfólio em dólares. “Investir diretamente no mercado americano protege o patrimônio contra a volatilidade cambial e garante maior liberdade na escolha de ativos”, explica.
2. Proteção Contra a Desvalorização do Real
Historicamente, o Brasil enfrenta ciclos de alta inflação e instabilidades político-econômicas. Investir em dólares funciona como um “seguro financeiro”, protegendo o poder de compra no longo prazo.
“O dólar é a moeda de reserva global e tem se mantido estável mesmo em cenários de crise. Isso oferece aos investidores maior segurança frente às incertezas do mercado brasileiro”, reforça Andressa.
3. Aproveitar Juros Altos nos EUA
Com as taxas de juros ainda elevadas, o mercado americano oferece títulos de renda fixa com retornos atrativos. Esses investimentos combinam segurança e rendimento, tornando-se uma excelente opção para investidores conservadores.
4. Diversificação Geográfica e Maior Retorno
A diversificação internacional permite aos investidores reduzir riscos associados à concentração em um único mercado. Além disso, oferece exposição a setores e regiões que podem apresentar maior crescimento comparado à economia brasileira.
“Abrir uma conta em um banco internacional ou plataforma global nunca foi tão acessível para brasileiros. Hoje, com poucos cliques, é possível iniciar remessas e gerenciar investimentos diretamente de casa”, aponta a especialista.
Como Começar a Investir no Exterior?
- Escolha uma Instituição Financeira Confiável: Opte por bancos ou corretoras reconhecidas que ofereçam suporte em português e acesso a mercados globais.
- Abra Sua Conta Internacional: O processo de abertura costuma ser simples, exigindo apenas documentos básicos e comprovação de renda.
- Defina Suas Estratégias de Investimento: Avalie seus objetivos financeiros e escolha ativos que atendam às suas necessidades.
- Comece com Valores Gradativos: Diversifique sua carteira aos poucos, testando diferentes produtos financeiros.
Por Que o Momento Atual é Favorável?
A queda do dólar para menos de R$ 6 representa uma oportunidade única para os brasileiros ampliarem sua exposição ao mercado global a custos reduzidos. Com condições econômicas favoráveis e facilidade de acesso a plataformas internacionais, agora pode ser o momento ideal para iniciar ou expandir seus investimentos fora do país.
“Diversificar é uma estratégia essencial em tempos de incertezas. O cenário atual permite não apenas proteger o patrimônio, mas também buscar maiores retornos em mercados mais estáveis e promissores”, conclui Andressa Bergamo.
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