Guilherme Nazar, VP da Binance na América Latina, destaca avanço da institucionalização cripto no Tokennation Brasil
No dia 4 de maio, Guilherme Nazar, vice-presidente regional da Binance para a América Latina, participou do Tokennation Brasil, em São Paulo, para compartilhar sua visão sobre os “15 anos da primeira compra com bitcoin: como as criptomoedas entraram na rotina das pessoas”. Durante sua apresentação, Nazar destacou os marcos dessa trajetória e analisou o atual momento do setor, marcado pela crescente institucionalização do mercado cripto e pela recente integrção do Pix ao Binance Pay, reforçando o compromisso da exchange com os usuários cripto no Brasil.
Da mineração à institucionalização: os ciclos de evolução cripto
Segundo Nazar, é possível dividir a jornada do bitcoin e das criptomoedas em diferentes fases. No início, o movimento era liderado por desenvolvedores e entusiastas da mineração. Em seguida, surgiram as primeiras plataformas P2P e exchanges, com empresas buscando se posicionar como agentes de inovação.
Hoje, vivemos um novo ciclo que, segundo ele, não está ligado apenas ao preço dos ativos, mas à adoção institucional e à regulação. “Estamos vivendo o mesmo ciclo iniciado com a aprovação dos ETFs Spot, em janeiro de 2024. Não é mais sobre preço, e sim sobre legitimidade regulatória”, afirmou.
O ciclo atual: a adoção institucional
Para o executivo, o momento atual é marcado por uma mudança significativa de percepção. Empresas, instituições financeiras e até governos passaram a incorporar as criptomoedas em suas estratégias e narrativas. “Hoje, essas instituições não apenas falam sobre cripto, como já recomendam que pessoas destinem parte de sua renda para investir no setor”, explicou.
Nazar também destacou que a indústria está mais aberta ao debate regulatório em diferentes países, reforçando que cripto já está enraizado na sociedade, na economia e no sistema financeiro global.
A visão da Binance sobre a nova fase
Durante sua fala, o VP da Binance enfatizou que muitas pessoas ainda enxergam as criptomoedas apenas como um ativo de mercado de capitais. No entanto, a criptoeconomia está indo além, integrando-se a produtos financeiros tradicionais e transformando a forma como o mercado lida com investimentos.
“O curioso é que essa adoção começou com o varejo e agora vemos os grandes bancos entrando no setor. É o caminho oposto ao que acontece no mercado financeiro tradicional”, disse Nazar. Ele também compartilhou um dado expressivo: dos 21 milhões de bitcoins, cerca de 65% já estão nas mãos de investidores institucionais.
Apesar disso, ele reforçou que o varejo continua sendo o coração da indústria. “A base da Binance ainda está fortemente ancorada no investidor individual, que segue sendo o pilar fundamental dessa revolução”, concluiu.
Casos de uso que mais se destacam e o papel das stablecoins
As stablecoins são, conceitualmente, simples: representam a eficiência da tecnologia blockchain atrelada a um produto financeiro cuja maioria tem lastro em moedas fiduciárias, como o dólar. No entanto, seu impacto pode ser profundamente transformador, especialmente nos mercados de câmbio e nas remessas internacionais. Na visão de Nazar, elas já promovem uma revolução positiva ao democratizar o acesso ao dólar de forma prática e acessível.
Hoje, é possível pagar praticamente qualquer coisa com criptomoedas: mensalidades escolares, medicamentos, viagens, até mesmo dividir uma conta com amigos. Com a integração do Binance Pay ao Pix, usuários já conseguem fazer pagamentos em reais via Pix utilizando cripto, em qualquer estabelecimento que aceite essa forma de pagamento.
Além dos pagamentos e remessas, outro campo promissor é a tokenização de ativos reais — como imóveis, contratos e até mesmo transações financeiras. “Acredito fortemente que a economia será completamente tokenizada. A única dúvida é quando isso se consolidará”, afirmou Nazar. Ele também destacou o potencial da blockchain para oferecer total rastreabilidade, o que pode transformar a forma como indivíduos e instituições prestam contas, garantindo transparência e confiabilidade em cada transação.
O que esperar dos próximos 15 anos de cripto
Para Guilherme Nazar, o futuro do setor será diferente do que foi até aqui. “A capacidade da indústria cripto de se reinventar, criar novos protocolos e desenvolver casos de uso concretos é inegável. E isso é um caminho sem volta”, declarou. Ele projeta que, a partir de 2026, haverá um movimento ainda mais forte de entrada de grandes investidores institucionais no mercado, marcando uma nova fase de consolidação e expansão para o ecossistema cripto.
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